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Com mais de 500 perfis, novos arquivos da ditadura são encontrados na Argentina

Trata-se de um documento histórico em que figuram pessoas ainda desaparecidas e outras que passaram pelos centros clandestinos de detenção
Redação Prensa Latina
Prensa Latina
Buenos Aires

Tradução:

Um arquivo com mais de 500 imagens de pessoas que os militares queriam deter e neutralizar durante a última ditadura na Argentina (1976-1983), foi encontrado na Agência Federal de Inteligência (AFI), revelou o jornal Página 12.

Trata-se de um documento histórico em que figuram pessoas ainda desaparecidas e outras que passaram pelos centros clandestinos de detenção ou pelos cárceres durante a triste época da história deste país, cujas feridas permanecem abertas depois de mais de quatro décadas.

De acordo com a fonte, o documento histórico surpreende pela quantidade e a qualidade das imagens e foi encontrado na semana passada dentro de uma estante da Secretaria de Planejamento, uma das três grandes áreas em que a interventora da AFI, Cristina Caamaño, dividiu a ex-secretária de Inteligência.

Trata-se de um documento histórico em que figuram pessoas ainda desaparecidas e outras que passaram pelos centros clandestinos de detenção

Página12
Trata-se de um documento histórico em figuram pessoas ainda desaparecidas

Reunidas em um livro de cor azul escuro que tem 77 páginas, as imagens têm um logo desconhecido, mas provavelmente decisivo na estratégia repressiva, explicou Página 12, que teve acesso ao documento.

Com uma legenda na segunda folha do registro intitulada “A informação contida no presente álbum é confidencial”, em outra parte indica que “o presente álbum tem como finalidade servir para a detecção, identificação e posterior neutralização de pessoal e material utilizado com fins subversivos”.

Dividido em três partes, em uma aparecem fotos daqueles potenciais alvos, outra com nomes e pessoas procuradas e outra com fotografias de elementos sequestrados em distintas operações realizadas pelas forças.

Nas imagens encontram-se entre outros, integrantes da direção da organização dos Montoneros, o poeta Juan Gelman ou o ator Norman Briski assim como advogados ligados à defesa dos presos políticos, entre outros.

Sem data precisa, segundo Página 12 presume-se que o documento poderia ter sido confeccionado depois de 1978.

Redação Prensa Latina

Prensa Latina, especial para Diálogos do Sul — Direitos reservados.

Tradução: Ana Corbusier


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

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