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"Com Milei, jamais!", dizem aposentados em ato por reforma do sistema argentino de pensões

Participantes da mobilização não pouparam críticas ao atual governo, mas reconhecem que Milei é um grave risco aos direitos dos trabalhadores
Redação ComunicaSul
ComunicaSul
Buenos Aires

Tradução:

Na última terça-feira (14), diferentes grupos de aposentados argentinos se reuniram em um ato na cidade de Buenos Aires para exigir um aumento emergencial no valor das aposentadorias.

Durante o evento, os participantes expressaram sua insatisfação com a atual situação, destacando que 70% dos aposentados do país recebem apenas 150 mil pesos, enquanto o custo da cesta básica familiar para os idosos ultrapassa os 350 mil pesos.

A jornalista Vanessa Martina-Silva, da ComunicaSul, esteve no ato e conversou com os presentes sobre as expectativas para as eleições. Apesar das críticas à atual administração, os jubilados – como são chamados os aposentados na Argentina – enfatizaram o rechaço a Milei.

Para saber mais sobre a disputa eleitoral no país, confira nossa editoria especial: Eleições na Argentina.

“Obviamente temos críticas a este governo. Alguns vão votar em branco, outros não vão votar, outros vão votar em Massa, mas ninguém vai votar em Milei”, afirma um dos entrevistados, lembrando que o candidato neofascista propõe a privatização do direito.

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Participantes da mobilização não pouparam críticas ao atual governo, mas reconhecem que Milei é um grave risco aos direitos dos trabalhadores

Foto: Télam
“Defendemos a aposentadoria pública, a saúde pública, a escola pública e o salário registrado”, diz aposentada

“O sistema de pensões na Argentina deve ser refundado de acordo com os interesses dos trabalhadores. Deve ser público e administrado por aposentados”, explica. “Não é que estejamos com Massa, estamos freando o avanço da direita que quer varrer toda a conquista dos trabalhadores”, reforça.

Outra entrevista também fala de como o direito, tão importante, está afetado na Argentina: “Muitos não vão poder se aposentar porque não tem os anos de contribuição [necessários]”, observa, apontando, como principal causa, o avanço do trabalho informal.

“Defendemos a aposentadoria pública, a saúde pública, a escola pública e o salário registrado”, ressalta. Questionada sobre um possível voto em Milei, dispara: “Não, nunca! Com Milei, jamais!”.

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Redação Diálogos do Sul


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

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