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Especialistas e analistas de organismos internacionais, inclusive dos meios de comunicação, tem advertido sobre as graves consequências econômicas de um ataque militar contra a Síria.
Entre os efeitos, alguns já visíveis nos mercados internacionais, estão o incremento incontrolável dos preços do petróleo e do gás, tomando em conta que o Oriente Médio produz 40 por cento da produção mundial de hidrocarbonetos.
Também se estima derrubada nas bolsas, retrocessos na recuperação lenta e moderada da economia dos Estados Unidos, e mais contundente golpe na Eurozona.
Com relação ao petróleo os preços já superaram os 115 dólares o barril esta semana com ligeira oscilação dado a demora por desencadear a agressão a Damasco ao que se soma as dificuldades de produção e exportação do petróleo da Líbia.
Tanto o barril Brent como o West Texas sofreram fortes altas nos últimos dias em decorrência da certeza de que as potencias ocidentais intervirão no conflito.
Estados Unidos, Reino Unido e França comandam a coalisão de países que pretende executar uma ação militar de castigo contra o governo de Bashar al Asad, como resposta a presunção de uso de armas químicas contra a população civil.
De acordo com várias opiniões publicadas por BBC Mundo, a incerteza pelas ameaças a Damasco já provocam desequilíbrios e altos e baixos difíceis de prever nos mercados dos recursos energéticos para uma economia global que não conseguiu ainda recuperar-se totalmente da crise iniciada em 2007
Entre os comentários mais generalizados pode-se ler a possibilidade de que as cotizações do petróleo ultrapassem os 120 dólares o barril e se a situação se descontrola pode chegar aos 150.
Analistas parecem coincidir que a prima de risco em casa de ataque sobre a Síria é de cinco a 10 dólares (algumas empresas elevam até os 20) que é o incremento esperado no preço do petróleo depois da intervenção militar.
Tal advertência aumenta os temores devido ao peso do petróleo tanto para o consumo como para a produção mundial e por sua influência no preço do resto das matérias primas.
Estatísticas do mercado petroleiro mostram que a última vez que o barril ultrapassou os 150 dólares foi nos meses prévios à quebra de Lehman Brothers em setembro de 2008, início da crise econômica mundial.
O senador republicano John McCain reconheceu que o Oriente Médio e o conflito sírio podem colocar por terra tudo o que se avançou na economia estadunidense neste ano.
Síria não é um forte produtor de petróleo na região, mas, Irã e Iraque sim são, tal como outros importantes membros da Organização de Países Exportadores de Petróleo.
No pior dos cenários, a extensão do conflito e repercussões ao abastecimento procedente de países da região, a oferta global se reduziria entre 500 mil e dois milhões de barris diários.
Mas não é só o petróleo que está na mira das tensões em torno de Damasco, pois seus primeiros efeitos já derrubaram o valor das moedas das nações em desenvolvimento e emergentes.
Também o ouro recebe golpes, porque no fechamento da jornada do dia 30 de agosto estava por baixo dos 1.400 dólares a onça, depois de interromper temporariamente sua queda devido a intervenção do secretario de Estado estadunidense John Kerry sobre as possíveis ações militares contra a Síria.
Tradicional nicho de valor seguro, al fim do discurso de Kerry sua cotização voltou ao nível anterior de 1.393 dólares a onça, contra o recorde alcançado dias antes de 1.433,31 dólares.
O grande problema é que o ataque contra a Síria repercutiria em quase toda a economia mundial o que gerará mais apertos e restrições e estenderá ainda mais o saneamento dos sistemas financeiros, dos mercados de trabalho e do crescimento da produção e do comercio.
*Prensa Latina de Londres para Diálogos do Sul