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Crianças indígenas sugadas por maquinário de garimpo, Brasil à venda e o sonho de ser gente

São aterradoras as notícias. Não sonhamos mais. Estamos anestesiados, virando qualquer outra coisa que não sei se chega a ser gente
Gilberto Maringoni
Diálogos do Sul
São Paulo (SP)

Tradução:

Bolsonaro abre o país para as Forças Armadas Americanas, valendo-se de um acordo do governo Dilma com o Império. 

Lira quer vender a Petrobrás e tem apoio do mito. 

Ciro briga com Dilma e recebe troco de Lula. 

Um imigrante haitiano é espancado por um segurança de uma loja em São Paulo. 

Queiroga se faz de grande cientista em jantar com maganos no Fasano, onde se troca comida por ouro em pó. 

Guedes e Campos Neto saem de fininho do escândalo dos Pandora Papers, com cobertura total dos donos de mídia, que têm seus caraminguás ocultos na mesma cumbuca.

 A fila do osso aumenta. 

São aterradoras as notícias. Não sonhamos mais. Estamos anestesiados, virando qualquer outra coisa que não sei se chega a ser gente

Montagem Diálogos do Sul
Enquanto o restaurante Fasano ostenta luxo, pessoas são presas por roubar miojo no Brasil

Duas crianças Yanomamis são sugadas por maquinário ilegal de garimpo no rio Parima, em Roraima. 

Duas crianças, de 5 e 7 anos, são trituradas por uma engrenagem fora da lei em Roraima. Duas crianças com a idade de meus netos são esmagadas por uma máquina que não poderia estar lá. 

Duas crianças que poderiam ser filhos e netos de muitos de nós e que podiam estar lá foram esmigalhadas por uma tranqueira que absolutamente não poderia, não deveria e não tinha o menor cabimento estar lá. 

A mãe de cinco filhos que furtou Miojo, Coca-Cola e suco em pó de um supermercado diz apenas que seu sonho é ser gente. A mãe que poderia ser das crianças do rio Parima sonha em ser gente.

Nós não sonhamos mais. Estamos anestesiados, virando qualquer outra coisa que não sei se chega a ser gente.


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

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Gilberto Maringoni

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