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Crises econômica e política estão explodindo na América Latina, avaliam pesquisadores

Pesquisadores Joana Salém e Hector Mondragon debatem protestos recentes na América Latina, com destaque para Chile e Colômbia
Vanessa Martina-Silva
Diálogos do Sul
Jundiaí

Tradução:

Muitos de nós estamos acompanhando atentos o processo eleitoral dos Estados Unidos. A provável derrota de Donald Trump lá tem para nós um sabor especial porque é, ainda que simbolicamente, uma derrota para Jair Bolsonaro aqui.

É um processo importante, sem dúvida, porque vai pautar a geopolítica mundial pelos próximos quatro anos.

Mas estão acontecendo outras coisas que são tão importantes ou mais do que as eleições nos Estados Unidos. A América Latina está em chamas, convulsionada por protestos sociais que estão questionando, tentando pôr abaixo a ordem neoliberal que foi imposta — pelos Estados Unidos — à revelia de nosso povo.

Pesquisadores Joana Salém e Hector Mondragon debatem protestos recentes na América Latina, com destaque para Chile e Colômbia

Montagem Diálogos do Sul
Protestos na Colômbia e no Chile, respectivamente

No Chile, há um ano, grandes protestos populares pediam o fim do governo de Sebastián Piñera. Conseguiram convocar uma assembleia constituinte exclusiva para acabar de vez com a Constituição herdada da ditadura de Augusto Pinochet.

Na Colômbia, líderes sociais estão sendo assassinados sem que medidas efetivas sejam tomadas pelo governo. Isso tem gerado uma revolta profunda na sociedade. O que temos visto no país são protestos, marchas e paralisações nacionais contra o governo de Iván Duque. 

O que há em comum entre esses dois casos e o que eles apontam para o Brasil? Para descobrir, a Diálogos do Sul conversou com a historiadora Joana Salém, que aborda o processo que culminou na aprovação de uma Assembleia Constituinte exclusiva no Chile, e com o professor colombiano Hector Mondragon, que assessorou, por mais de 20 anos, associações indígenas e camponesas na Colômbia.

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Vanessa Martina-Silva Trabalha há mais de dez anos com produção diária de conteúdo, sendo sete para portais na internet e um em comunicação corporativa, além de frilas para revistas. Vem construindo carreira em veículos independentes, por acreditar na função social do jornalismo e no seu papel transformador, em contraposição à notícia-mercadoria. Fez coberturas internacionais, incluindo: Primárias na Argentina (2011), pós-golpe no Paraguai (2012), Eleições na Venezuela (com Hugo Chávez (2012) e Nicolás Maduro (2013)); implementação da Lei de Meios na Argentina (2012); eleições argentinas no primeiro e segundo turnos (2015).

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