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Cuba: milhões lotam ruas do país em celebração ao Dia do Trabalhador e à Revolução

Comemoração contou ainda com a presença e apoio de pessoas de outros países, como Venezuela, Alemanha, Canadá, EUA e Uruguai
Orlando Oramas León
Prensa Latina
Havana

Tradução:

Foi especial, apesar de a data tradicionalmente ocorrer aqui com a mobilização de milhões de cidadãos, que na ocasião reafirmam seu apoio à Revolução no poder desde 1º de janeiro de 1959. Desta vez, terminou a quarentena de dois anos para atos tão massivos, decididos pela pandemia de Covid-19.

A Plaza de la Revolución em Havana e muitas outras no país ficaram sobrecarregadas em um dos dias em que o Ministério da Saúde Pública registrou o menor número de infecções da doença em muitos meses.

Não foi por acaso que foram os trabalhadores da saúde que lideraram os desfiles por toda a geografia nacional.

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Também o reconhecimento e participação dos homens e mulheres da Ciência, em particular os responsáveis pelo desenvolvimento e produção das vacinas anti-Covid que distinguem Cuba mundialmente contra o coronavírus que causa a pandemia.

A nomeação nesta ilha foi diferente de outras que em diferentes latitudes foram contra governos e políticas que prejudicavam os direitos trabalhistas e dos cidadãos.

Não houve bombas de gás lacrimogêneo ou confrontos com as forças de segurança em Havana ou em outras cidades ou vilas da ilha.

Comemoração contou ainda com a presença e apoio de pessoas de outros países, como Venezuela, Alemanha, Canadá, EUA e Uruguai

Bandeiras presentes eram contra bloqueio dos EUA e a favor do processo revolucionário e de seus líderes

Bandeiras contra o bloqueio

As bandeiras aqui eram contra o bloqueio dos EUA e a favor do processo revolucionário e de seus líderes que – outra diferença – faziam parte dos desfiles.

Na Plaza de la Revolución estavam o líder da Revolução, Raúl Castro, e o Presidente da República, Miguel Díaz-Canel, que foram aplaudidos por outros.

Parece estranho porque nesta ilha não faltam problemas, dificuldades e penúrias, num país que luta contra mais de 60 anos de cerco econômico, comercial, financeiro e outros, e reforçado pelo seu executor, o governo dos Estados Unidos.

Também deve ser estranho a quem previu a baixa mobilização cidadã e a encorajou apostando que Cuba é a que vivenciou os incidentes de julho do ano anterior, quando de fora incentivaram protestos e atos de vandalismo.

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Há coisas que não mudaram desde então, entre elas os planos de desestabilização para subverter a ordem e provocar uma explosão social, pilares da hostilidade de Washington, segundo a denúncia de Havana.

Mas o governo cubano não ficou de braços cruzados. As baterias se acenderam e atingiu bairros vulneráveis, entre muitas outras ações decisivas em meio a um ambiente econômico marcado pela decisão de Washington de dar xeque-mate à Revolução.

Neste 1º de maio, milhões de cubanos “desestabilizaram” a paz cotidiana aos domingos neste país, e muitas testemunhas vindos de diferentes partes do mundo o fizeram.

Por isso as múltiplas bandeiras de outras nações que acompanharam as marchas, e sobretudo pelas centenas de ativistas estrangeiros que aqui vieram celebrar o Dia Internacional dos Trabalhadores.

Eles encheram as entradas da arquibancada da praça principal de Havana e do país.

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A partir daí colombianos, venezuelanos, alemães, canadenses, estadunidenses, uruguaios e muitas outras nacionalidades interagiram com o povo e também foram responsáveis pela marcha emperrada em alguns momentos.

Eles são os protagonistas do Encontro Internacional de Solidariedade com Cuba, que culminará hoje no Centro de Convenções desta capital.

Hoje a maioria dos cubanos descansa. Por lei, o feriado é transferido para segunda-feira. Será o prelúdio de mais um dia de trabalho e resistência criativa, como foi lido em faixas durante o desfile.

Orlando Oramas Leon, Prensa Latina



As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

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Orlando Oramas León

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