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21 de junho: um dia para ser lembrado.
João Vicente Goulart*
21 de junho é dia para lembrar-nos de lutas libertárias, de igualdade, de educação, de soberania e de distribuição de oportunidades assim como de tantos outros valores que estamos carentes no dia a dia, dez anos depois da partida do governador Leonel Brizola para junto dos mártires da República.
Sua ausência nos leva à reflexão em torno de nossa cidadania, de nossa brasilidade, de nosso destino e por que não de nosso futuro que não deixa lugar ao desprendimento da alma que foi impressa em Leonel, em favor dos injustiçados e dos excluídos.
Em pleno ano de Copa, de eleições e de avanços o exemplo de Brizola nos leva a reavivar a memória y refletir sobre nossa conduta, nossas aspirações, e de não trair o destino dos sonhos pelos quais imaginamos um Brasil mais justo, socialmente mais digno e capitalisticamente mais distributivo, enquanto não chegamos ao final do caminho brasileiro para o socialismo.
A sua garra e sua confiança deveria provocar nos seguidores da utopia, do trabalhismo, do nacionalismo e do socialismo, a nos sentir dignos do debate ideológico, partidário, orgânico e doutrinário, e servir como fonte de combustível para seguirmos adiante.
Mas estamos perdidos como uma tropa sem sinuelo, estamos vagando na inocência eleitoral como um camoatí de arrasto para dentro de uma casa que não é nossa, pois só é nosso aquilo que é de todos, aquilo que não é exclusivo, aquilo que a ninguém pertence, como a nossa luta, como o espírito do líder.
Onde quer que esteja olhando pelo Brasil, não chore.
A luta não acabou…
*Original do Instituto João Goulart – Colaborador de Diálogos do Sul