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Diálogo presidencial para a paz e desenvolvimento centro-americano

Revista Diálogos do Sul

Tradução:

presidentes ac
Presidentes pela integração centro-americana

Nicarágua, Honduras e El Salvador constroem um importante aporte para a integração centro-americana ao reafirmar a vocação pacifista e a vontade de trabalhar para o desenvolvimento sustentável do golfo de Fonseca, cenário de históricos conflitos.

Após se reunirem na Casa de los Pueblos, os presidentes Daniel Ortega, Porfirio Lobo e Mauricio Funes concordaram em acelerar os trabalho para converter o espaço marítimo compartilhado e os territórios fronteiriços em cenário de paz, onde se desenvolvam programas sociais, produtivos e ambientais de benefício comum.

Segundo anunciaram, compartilham o critério de criar uma administração tri-nacional com o propósito de eliminar tensões associadas a recorrentes conflitos por atividades pesqueiras, e chegar à exploração sustentável dos vastos recursos naturais como caminho para a erradicação da pobreza.

O diálogo deu continuidade às posições assumidas pelas três nações em 2007, quando os chefes de Estado subscreveram a Declaração de Manágua, que definiu a vontade de privilegiar os trabalhos conjuntos; uma postura invariável exposta em sucessivos encontros no mais alto nível governamental.

Ortega, Lobo e Funes orientaram suas chancelarias a trabalhar com rapidez para apresentar, num prazo de 30 dias, o dossiê de projetos concretos.

De acordo com os mandatários também será solicitado a apoio da comunidade internacional, a fim de estudar modelos exitosos de administração compartilhada em situações similares à do golfo de Fonseca, bem como a possível criação de uma Autoridade Tri-nacional.

Ortega julga que aí reside o coração desse acordo, porque “na medida em que seja gerada mais riqueza, que desenvolvamos investimentos no golfo, então ele já não será mais uma zona de conflito como tem sido e se converte em uma zona de benefício e de unidade para estas três nações centro-americanas”.

Também foi proposto que seja estabelecido um protocolo naval que finalmente dê total segurança, estabilidade e paz a essa zona, o que, logicamente, vai contribuir para a paz e a estabilidade de toda a região centro-americana como expôs Ortega.

Coincidentemente, Porfirio Lobo sublinhou a necessidade de dar fim ás tensões e destacou a existências de modelos de gestão compartilhada que podem ser aplicados com sucesso na região.

“Decidimos por prazos mais curtos para algumas das tarefas que devem ser executadas e, sobretudo, conseguir concretizar a conversão do golfo de Fonseca em uma zona de paz, de prosperidade para nossos povos”, reafirmou Lobo.

Na opinião de Funes, talvez o mais importante do que se conseguiu agora “é o compromisso reiterado de que qualquer tema relativo à zona do golfo de Fonseca será de competência exclusiva da Comissão Tri-nacional”.

“Ratificar o espírito pacifista desmonta qualquer possibilidade de conflito”, recalcou o governante salvadorense. “Estamos convencidos, disse, que apenas na medida em que aquela zona do golfo tenha paz e estabilidade poderemos atrair investimentos”.

Com uma extensão de 3 200 quilômetros, o golfo de Fonseca, de frente para o Oceano Pacífico, constitui uma das melhores baias naturais do mundo, destacando-se pela biodiversidade de seus ecossistemas, bem como pelas potencialidades pesqueiras e turísticas.

*Prensa Latina, de Manágua para Diálogos do Sul


As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul do Global.

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