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Dimitri Lee expõe suas fotografias no Madalena Centro de Estudos da Imagem

Revista Diálogos do Sul

Tradução:

MadalenaA partir de 4 de julho, quinta-feira, Dimitri Lee apresenta a exposição Major Tom to Ground Control – referência à música de David Bowie -, no Madalena Centro de Estudos da Imagem.

Até dia 15 de agosto, a mostra reúne três trabalhos inéditos: o mosaico A busca infrutífera de mim mesmo, e a série de retratos falados recriados, Acha-se, e Batismo, no qual registrou um batismo religioso com uma câmera girando a 360º em cima de sua cabeça.

O mosaico é o resultado do envio de uma caixa de Sedex vazia, transformada em câmera fotográfica, de São Paulo para a cidade de Óbidos, no Pará, endereçada para o próprio fotógrafo. No trajeto de ida e volta (a caixa voltou após não encontrar seu destinatário), foram capturadas 10 mil fotos durante um mês – no Carnaval de 2012. Destas imagens, 150 compõem a obra final.

“Adaptei uma lente de observação de vida selvagem na caixa, impossível de ser vista, programada para fotografar a cada 5 minutos”, conta Dimitri. “Meu objetivo nos dois trabalhos é protestar, discutir a questão da autoria, da fotografia sem fotógrafo, com pessoas que não existem, com um filme já extinto”.

Já os 10 rostos que compõem a série de retratos falados foram realizados a partir de um banco de dados de software da polícia, utilizado para escolher formatos de rostos, olhos, narizes, cabelos, bocas e outros detalhes em investigações e buscas. Dimitri somou ainda outro “truque” em sua pesquisa, através de um programa que emula textura, cor e outras características de filmes da era analógica. Segundo o curador da mostra, Iatã, “não por acaso o autor escolheu um filtro que emula o Kodachrome, filme que fez mais de 50 anos de sucesso, virou hit parade, e deixou de ser fabricado há três anos. O filme que não existe se tornou parte final do processo, ou seja, está tudo fora do eixo. Ou entrando em um novo eixo”, diz o curador.

Dimitri afirma que sempre achou grotescos os retratos falados e queria utilizá-los em um trabalho, para criar pessoas que não existem. “Fiz um chinês e adorei. Imaginei o filho dele com uma brasileira e criei outra imagem. São possibilidades que a fotografia eletrônica nos abre”, completa o artista.

Serviço

Madalena Centro de Estudos da Imagem
Rua Faisão, 75 – Vila Madalena. Tel: (11) 3473-5412
Visitação: 5 de julho a 15 de agosto, de segunda à sexta, das 10h às 18h
Entrada gratuita
http://madalenacei.com.br/


As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul do Global.

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