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ToggleO Escritório de Washington para Assuntos Latino-americanos (WOLA) uniu-se ontem a organizações que condenam o desaparecimento forçado, desde o dia 18 de julho, de cinco ativistas pró-direitos humanos do povo afro-indígena Garífuna, na comunidade de Triunfo de la Cruz, localizada no município de Tela, no departamento de Atlantida, Honduras.
Alberth Snider Centeno Tomás, presidente do patronato de Triunfo de la Cruz por parte da Organização Fraternal Negra Hondurenha (Ofraneh), Suami Aparicio Mejía García, Gerardo Mizael Rochez Cálix e Milton Joel Martínez Álvarez, membros de Ofraneh e Junior Rafael Juárez Mejía, foram retirados violentamente de suas residências por agentes armados e uniformizados com coletes da Diretoria Policial de Investigações, sem porém apresentar ordem de captura ou prisão.
As cinco vítimas da ação são defensoras de direitos humanos em sua comunidade e seu desaparecimento forçado soma-se às de outros ativistas em Honduras. “É urgente que as autoridade hondurenhas realizem prontamente uma investigação exaustiva dos fatos e garantam a proteção da comunidade Garífuna”, indicou WOLA em um comunicado.
Escritório de Washington para Assuntos Latino-americanos (WOLA
O desaparecimento dos ativistas também foi condenado pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos
Investigação, localização, proteção e garantia de segurança aos Garifunas
Adriana Beltrán, diretora do Programa de Segurança Cidadã da WOLA sustentou que “é imperativo que as autoridades hondurenhas levem a cabo uma investigação independente, exaustiva e com a devida celeridade para identificar os autores materiais e intelectuais dos desaparecimentos e localizar o paradeiro dos defensores Garífunas. O governo hondurenho também deve adotar de maneira urgente medidas que garantam a proteção e a segurança da comunidade Garífuna de Triunfo de la Cruz”.
A líder da Ofraneh, Miriam Miranda, não descarta que por trás dos “desaparecimentos” (sequestro?) estejam grupos interessados na exploração dos territórios dos Garífunas, no litoral atlântico hondurenho.
O desaparecimento dos ativistas também foi condenado pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.
Da redação de La Jornada
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Tradução: Beatriz Cannabrava
As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul
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