Teve início, em Londres, a terceira semana de audiências do processo de extradição de Julian Assange. No domingo, foram divulgados os apoios de políticos de todo o mundo ao manifesto promovido pela organização de juristas lawyers4assange, no qual se defende que o julgamento de extradição requerido pelos Estados Unidos “viola a legislação nacional e internacional, e os direitos a um julgamento justo e outros direitos humanos”, bem como “ameaça a liberdade de imprensa e a democracia”.
No documento, o governo britânico é exortado a agir de acordo com a legislação nacional e internacional, os direitos humanos e o estado de direito, pondo fim ao processo de extradição e concedendo a Assange a “liberdade há muito esperada: a liberdade contra a tortura, detenção arbitrária e privação de liberdade e a perseguição política”.
A par de questionar a legalidade do processo, denuncia ainda que foi posto em causa o princípio britânico de “justiça aberta” e transparente ao não ser permitido o acesso à sala, ainda que remotamente, de “observadores independentes”, como a Anistia Internacional e deputados de vários países.
Lawyers4assange | Divulgação
Cerca de duas centenas de políticos, entre os quais antigos e atuais chefes de Estado e de Governo, deputados e diplomatas subrescrevemsc
Da lista de subscritores constam antigos e atuais chefes de Estado e de Governo e inúmeros deputados e diplomatas de 27 países, entre os quais os presidentes da Argentina, Alberto Fernández, e da Venezuela, Nicolás Maduro; e o ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-presidente do governo espanhol José Luis Rodríguez Zapatero.
A missiva reúne ainda os apoios dos antigos presidentes do Uruguai, José (Pepe) Mujica; Argentina, Cristina Kirchner; Colômbia, Ernesto Samper; Bolívia, Evo Morales; Panamá, Martín Torrijos; República Dominicana, Leonel Fernández; Equador, Rafael Correa, e Paraguai, Fernando Lugo.
O ex-líder do Partido Trabalhista britânico Jeremy Corbyn e o prémio Nobel Adolfo Perez Esquivel também subscrevem a carta aberta.
As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul
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