Na Cúpula Climática de Glasgow (COP26) se escutam com mais força que nunca as vozes e as reclamações antigas de dois coletivos, talvez os mais afetados pela contaminação do planeta: as dos líderes indígenas de todas as regiões do mundo, vítimas das catástrofes, da destruição provocada pela poluição e o aquecimento global, e a da juventude que mais do que nunca expressa sua raiva e enojo de uma classe política de não cumpre o prometido.
Pouco a pouco, viajando desde os rincões mais afastados do mundo, foram chegando a Glasgow alguns líderes indígenas de todos os continentes para que nesta ocasião se escute mais que nunca a sua voz. Entre aqueles que já confirmaram sua presença figuram: José Gregorio Díaz Mirabal, de Curripaco, Venezuela; Tuntiak Katan, do Equador; Claudetté Labonte, da Guiné francesa; Levi Sucre, da Costa Rica Um grito de defesa de sua terra que se somará ao que já se escuta nas ruas de Glasgow por parte da juventude do mundo, em grande parte congregada e mobilizada em torno ao movimento da sueca Greta Thunberg cuja chegada à capital escocesa se converteu na primeira grande mobilização contra os líderes do mundo.
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Ao chegar, Thunberg reiterou que a juventude está “enojada” porque o “mundo ainda avança em uma direção equivocada” e reconheceu que apesar de suas mobilizações, de suas mensagens desesperadas para que lhes escutem os grandes líderes do planeta “as emissões globais ainda estão aumentando”.
Em 2021 está projetado que registraremos o segundo maior incremento de emissões até agora. Isso é um claro sinal de que ainda nos movemos na direção equivocada”.
Diferentemente de outros jovens, nem Thumberg nem seu movimento foram oficialmente convidados a participar na COP26, como ocorreu na COP25 de Madri há dois anos, em que a própria Thunberg e outros jovens protagonizaram vários atos de protesto no interior do recinto, ofereceram entrevistas coletivas na sede oficial e se entrevistaram com alguns representantes públicos.
Na opinião de Thunberg, os políticos “temem que se convidarem demasiados jovens radicais, farão com que eles fiquem mal” mas “nós seguiremos mobilizando-nos para pressionar os políticos e o faremos da rua, para que tomem medidas mais ambiciosas, para que reajam de uma maldita vez”.
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“O que necessitamos é uma grande mudança na narrativa em torno à crise climática, necessitamos alcançar uma massa crítica de gente que exija mudanças. Por ora, é mais eficiente faze da rua que de dentro, pois a realidade sempre é um pouco pior de como nos apresentam”, afirmou a ativista, que além dos protestos de rua iniciou há algumas semanas um recolha de firmas para uma carta que intitulou “Traição”.
E explica que a “traição” é “como a gente jovem ao redor do mundo descreve nossos governos, que falharam com a redução das emissões de carbono. E isso não é uma surpresa”, adverte. E reclama com mais contundência que nunca que é preciso “agir já”.
As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul
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