A Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador (Conaie) ratificou neste fim de semana seu estado de resistência devido à falta de resposta do governo do país, liderado pelo presidente Guillermo Lasso, em relação às propostas apresentadas pela entidade e outras organizações.
A Conaie informou que há seis meses o movimento indígena e setores sociais vêm desenvolvendo propostas sobre questões de interesse nacional e para isso foram dialogar com o governo, “mas Lasso zomba da dura realidade de milhares de famílias equatorianas sem dar uma resposta. Diante disso, ratificamos a resistência”, afirmam.
Por sua vez, o presidente da Conaie, Leónidas Iza Salazar, escreveu: “Essa é a atitude de Guillermo Lasso e de um governo incapaz de responder aos problemas econômicos do país e às legítimas propostas do Movimento Indígena e de centenas de organizações sociais. Fomos ao diálogo sem renunciar ao direito de resistir”.
Wikipedia
Leonidas Iza, presidente da Conaie
Hace 6 meses el Mov. Indígena y sectores sociales desarrollamos propuestas sobre temas de interés nacional. Fuimos al diálogo con el Gobierno, pero #Lasso se burla de la cruda realidad de miles de familias ecuatorianas sin dar respuesta. Ante esto, ratificamos la resistencia. pic.twitter.com/uRn5MazC8a
— CONAIE (@CONAIE_Ecuador) December 3, 2021
Após a rodada de diálogos à qual se refere a Conaie, realizada no dia 10 de novembro, o próprio Salazar indicou que o governo do Equador tinha se comprometido a dar uma resposta às demandas em um prazo de aproximadamente 15 dias.
A respeito das mesmas conversas, o Ministro de Governabilidade, Juan Manuel Fuertes, anunciou que o governo nacional atenderia as demandas até o dia 1 de dezembro.
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No entanto, nem o prazo de 15 dias nem o de 1º de dezembro foram obedecidos, já que as duas datas passaram e nenhuma entidade oficial se manifestou sobre o assunto, nem mesmo para pedir mais tempo.
Entre as demandas das organizações estão a estabilização dos preços do diesel e da gasolina e a contenção da precarização do trabalho.
As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul
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