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Ex-procurador-geral de Israel denuncia e condena apartheid contra povo palestino

Em artigo ao jornal irlandês The Journal, Michael Ben-Yair aponta causas do conflito e lembra que regime é considerado crime contra humanidade
Guillermo Martínez
Rebelión
Madri

Tradução:

Michael Ben-Yair, antigo Procurador-Geral de Israel, publicou um artigo no jornal irlandês The Journal, onde denuncia e condena o regime de apartheid e a ocupação da Palestina.

Na nota de opinião reflexiva, ele diz: “Desde 1967, as autoridades israelitas justificaram a ocupação alegando que é temporária até que se encontre uma solução pacífica entre israelitas e palestinos. No entanto, já se passaram cinco décadas desde que estes territórios foram conquistados e Israel não mostra interesse em rescindir este controle”.

Ben-Yair continua, informando o motivo da colonização do território palestino: “Estes assentamentos se estabelecem em áreas que rodeiam as aldeias palestinas, fragmentando intencionalmente as comunidades palestinas entre si”. É importante salientar que os colonatos se realizam segundo a lei de segregação racial israelita.

Concluindo a sua nota, não deixa lugar a dúvidas sobre o crime de apartheid contra o povo palestino: “Entre o rio Jordão e o mar Mediterrâneo, é Israel que está a privar permanentemente milhões de palestinos dos seus direitos civis e políticos. Este é o apartheid israelense”.

Em artigo ao jornal irlandês The Journal, Michael Ben-Yair aponta causas do conflito e lembra que regime é considerado crime contra humanidade

Raphaël Vinot / Wikimedia Commons
Segundo Michael Ben-Yair, os EUA, principal aliado internacional israelense, continua a financiar este apartheid contra palestinos

Ben-Yair também foi juiz interino do Supremo Tribunal de Israel, que aprovava novas colônias. Esta voz vem juntar-se ao recente relatório da Anistia Internacional, onde se denuncia o regime de apartheid contra o povo palestino. Em seu resumo, expressa: “A nova investigação da Anistia Internacional mostra que Israel impõe um sistema de opressão e dominação à população palestina em todas as zonas sob o seu controle, em Israel e nos Territórios Palestinos Ocupados, e às pessoas palestinas refugiadas, a fim de beneficiar a população israelita judaica. Isto constitui apartheid e é proibido pelo direito internacional”.

O apartheid é um sistema de segregação racial e de opressão de um grupo para outro. Além disso, segundo a legislação internacional, é um crime contra a humanidade. Há um aumento das campanhas de BDS (Boicote, Desinvestimento e Sanções) contra o crime de apartheid israelense, e de vozes internacionais contra a ocupação. Apesar disso, os EUA, principal aliado internacional israelense, continua a financiar este regime.

Fonte original: Jornal Virginia Bolten
Tradução por João Baptista Pimentel Neto


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

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