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‘Dossiê Bolsonaro’: site que elenca crimes do ex-mandatário reúne pelo menos 60 acusações

Página inclui link para abaixo-assinado que tem como objetivo pressionar os ministros do TSE a tomar medidas justamente diante das manifestações
Bárbara Luz
Portal Vermelho
Brasília (DF)

Tradução:

Nas vésperas do julgamento que pode resultar na cassação do registro de candidatura de Jair Bolsonaro (PL) pelos próximos oito anos, o Projeto Capivara lançou o site “Dossiê Bolsonaro”, uma iniciativa inédita que vem ganhando destaque ao expor uma lista abrangente de supostos crimes que teriam sido cometidos pelo ex-presidente.

Na próxima quinta-feira (22), ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) irão analisar a denúncia movida pelo PDT contra o ex-mandatário em ação que questiona a constitucionalidade de uma reunião realizada por Bolsonaro com embaixadores estrangeiros no Palácio da Alvorada em julho de 2022, na qual o ex-presidente lançou falsas suspeitas sobre a segurança do processo eleitoral no Brasil, em especial a urna eletrônica.

O Dossiê choca ao reunir pelo menos 60 denúncias de crimes que variam desde delitos contra a humanidade e genocídio até organização criminosa, prevaricação, corrupção e muito mais. O site foi desenvolvido por um coletivo que reúne advogados, investigadores, jornalistas e designers comprometidos em investigar e expor ilegalidades da extrema direita no Brasil.

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Página inclui link para abaixo-assinado que tem como objetivo pressionar os ministros do TSE a tomar medidas justamente diante das manifestações

Foto: Projeto Capivara
Coletivo independente de pesquisadores, jornalistas, designers e advogados criminalistas expõem as ilegalidades da extrema direita no Brasil

“Ele foi produzido com a finalidade de criar um registro sólido e duradouro da trajetória política de Bolsonaro com informações verificáveis a respeito de suas atitudes e discursos em temas fundamentais à população e à democracia brasileiras. Confiamos que a Justiça do país apurará com o devido rigor todas as dezenas de ocorrências aqui listadas”, diz a página.

Como parte de suas ações de conscientização, o coletivo espalhou diversos cartazes nos muros de algumas cidades brasileiras. Esses cartazes, conhecidos como “lambes”, são paródias de pôsteres de filmes famosos, como “E o Vento Levou…” (transformado em “E o Crime Levou…”) e “Curtindo a Vida Adoidado” (“Curtindo o Crime Adoidado”), todos contendo um QR Code que leva diretamente ao site do Dossiê Bolsonaro.

Poster colado no Distrito Federal Foto: Projeto Capivara/divulgação

As denúncias estão organizadas em quatro grupos: crimes de ódio; crimes na pandemia; crimes de corrupção e crimes eleitorais. Nelas, são apresentadas a categoria, que tipifica o crime; pena prevista, status das investigações e referências – links que direcionam para as informações apresentadas. 

Print do site

Segundo o coletivo, as “condutas potencialmente ilícitas e criminosas praticadas pelo ex-presidente” deixam claras “não só a necessidade de torná-lo inelegível, mas de que seja investigado, julgado e punido”.

O Dossiê Bolsonaro vai além de uma mera exposição de informações. O site também disponibiliza um link para um abaixo-assinado, que tem como objetivo pressionar os ministros do TSE a tomar medidas justamente diante das manifestações. Além disso, o grupo oferece a oportunidade de participar de grupos de WhatsApp organizados pela equipe responsável pelo projeto, a fim de promover uma maior mobilização.

À medida que o TSE inicia o julgamento das interceptações contra Jair Bolsonaro, o Dossiê Bolsonaro se torna uma voz contundente na luta por justiça e responsabilização. Os organizadores confiam na apuração rigorosa pela parte da Justiça brasileira em relação às dezenas de ocorrências listadas no dossiê. Com informações verificáveis e uma manifestação crescente da população, espera-se que esse movimento resulte em consequências para o ex-presidente.

Para acessar o Dossiê Bolsonaro, clique aqui.

Barbara Luz | Portal Vermelho
* com informações de agências


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

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