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ToggleHá severas críticas por parte do governo Bolsonaro e governadores de Estados ao fato de termos disciplinas como Sociologia e Filosofia nas nossas escolas. Eles não reconhecem a importância desses campos do conhecimento humano para o aprendizado.
No Brasil, sempre que assume um governo de direita há tendências para retirar dos currículos escolares tais disciplinas. Entendem os setores da direita que nossos jovens não precisam se preparar sobre a maneira como enxergam a vida e como atuarão para construir suas realidades.
Os movimentos sociais têm resistido a essas tentativas, mas a cada período os setores da direita reapresentam esse projeto. Ocorre que quando um governante possui a formação filosófica e sociológica terá postura em defesa dos interesses de todos os setores injustiçados, especialmente dos subalternos. E, quando a população tem essa formação, será RESISTENTE aos desmandos e às atitudes arbitrárias que objetivam retirar seus direitos.
A preocupação levantada pelas pessoas que possuem as melhores leituras sobre a qualidade de vida de nossos lugares, os municípios, contradiz o interesse dos produtores das cidades, os donos das terras, os incorporadores imobiliários e os setores financeiros. Daí que tais setores de privilegiados economicamente, partem para agressões contra geógrafos, urbanistas, filósofos, sociólogos e ambientalistas progressistas. Para a visão neofascista o que interessa sempre é a manutenção dos privilégios e interesses privados. Tais setores da economia não entendem que distribuindo riqueza e reduzindo desigualdades sociais se consegue relações humanas pacificadas e bem-estar coletivo.
Ao invés de todos receberem os benefícios da produção da riqueza e das rendas, os setores privilegiados economicamente só desejam aumentar seus ganhos pessoais. Até em situação de pandemia se enriquecem ainda mais, enquanto milhares de pessoas vão ao óbito.
Reprodução: Flckr
O governo não reconhece a importância de alguns campos do conhecimento humano para o aprendizado
Torna-se indispensável fortalecer as abordagens das Ciências Humanas nos Municípios, nos Estados e no País. Não devemos abandonar a formação técnica e profissional dos nossos jovens e adolescentes, mas é indispensável lhes garantir a formação humanística. É preciso garantir que a formação tenha visão humanística e de solidariedade. Deveras, é necessário construir consciências que saibam se relacionar com os seres humanos, com os demais componentes da natureza e lhes garantir a alternativa de uma sólida formação profissional.
Não podemos continuar a conviver com tantas desigualdades sociais e que poderiam ser resolvidas por um sistema educacional que objetive formar verdadeiras(os) cidadãs(ãos).
Tem sido muito comum a afirmação tanto pela direita quanto pelos setores das esquerdas ressaltando a importância da educação como fator básico para corrigir as imensas distorções sociais, econômicas e ambientais existentes no Brasil. Nos momentos das disputas eleitorais, praticamente todos os Partidos e candidatos(as) fazem proselitismo em torno da Educação, afirmando “É preciso investir em Educação”. No discurso reconhecem a importância de educadoras(res). Mas, quando em situação de governo tais elogios caem no esquecimento, são deixados como secundários, não se tornam prioridades. Mas, aí está uma diferença fundamental entre direita e esquerdas. O conceito e a forma de oferecer educação. Afinal, qual educação se está propondo?
Os setores das esquerdas, geralmente procuram fortalecer os conceitos, a pedagogia e a metodologia de Paulo Freire. Para esse educador não há educação que seja neutra, ou seja, o educando deve compreender suas realidades para assumir posições de melhorar como pessoa, cidadão e o lugar onde vive. O indivíduo, educando, precisa se preparar para atuar em sua realidade, compreendendo que está comprometido com as circunstâncias nas quais vive. Daí a necessidade do indivíduo se tornar uma pessoa integral, completa. Assim é que se entende uma educação libertadora e de formação da consciência das pessoas enquanto seres humanos e sociais.
Meu Adendo:
Neste momento da história da América latina não podemos deixar de SAUDAR enfaticamente a vitória em I Turno de Luiz Arce e David para Presidência e Vice da Bolívia.
Depois do golpe aplicado contra as instituições da Bolívia ao derrubar o governo de Evo Morales; depois de se manter pela força das armas durante o período que antecedeu as eleições deste domingo, o governo golpista foi duramente impactado pelas eleições.
Há o entendimento de que houve fraude nos documentos analisados pela Organização dos Estados Americanos – OEA, dando respalda para o golpe contra a população da Bolívia e derrubando Evo Morales.
Agora mais do que nunca, a população boliviana deu sua efetiva resposta. Considera que o Movimento para o Socialismo – MAS, será o legítimo governante do País. A população vinculada aos movimentos populares, especialmente os indígenas têm absoluta confiança em David, o vice-presidente na chapa de Luiz Arce. Um dos seus.
As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul
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