Desigualdade racial, de gênero e econômica

Segundo o relatório da Oxfam, é provável que a Amazon tenha sido “a maior vencedora corporativa da pandemia”. A riqueza pessoal do seu fundador, Jeff Bezos, aumentou em 45 bilhões de dólares, desde 2020. Esta empresa, junto com Apple, Microsofit, Tesla e Alphabet compõem cinco das 21 entidades econômicas mais ricas do mundo.

Em contrapartida, a pandemia aumentou as desigualdades racial, de gênero e econômica, assim como agravou a falta de acesso à assistência médica de qualidade. Populações negras, indígenas e latinas foram fortemente atingidas em sua qualidade de vida durante esses dois anos, conforme o relatório da Oxfam.

Em todo o mundo, os grupos racializados foram os mais afetados pela pandemia, como, por exemplo, as populações negra e indígenas do Brasil, a casta dos dalits na Índia, e as populações latinas e negra nos Estados Unidos.

Além disso, mais de quatro milhões de mulheres trabalhadoras não conseguiram retornar ao trabalho na América Latina e no Caribe, uma tendência impulsionada pelos altos níveis de informalidade no trabalho e o aumento dos cuidados domésticos.


Falta de assistência médica

Ainda conforme a Oxfam, estima-se que 5,6 milhões de pessoas morram em países pobres, por ano, devido à falta de assistência médica. Este número corresponde a mais de 15.000 pessoas por dia.

Esses são apenas alguns dados do documentos. E é impressionante como ainda há tanta gente defendendo este modelo econômico. Mais impressionante, ainda, é saber que chamamos nossas sociedades atuais de “civilizadas”, apesar dessas monstruosas disparidades, que geram verdadeiros genocídios no mundo atual.

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O capitalismo tem demonstrado (sempre) sua capacidade muito maior de empobrecer, de impor à maioria da população trabalhadora a escassez, do que o contrário; sob a alegação de que “todos são livres para prosperar”.

Mas, afinal, de qual liberdade estamos falando quando nos referimos a esse sistema tão perverso? Daquela que impõe a escolha do trabalho duro e salário miserável ou indigência? (e, em muitos casos, nem a primeira alternativa, como ocorre com centenas de milhares de pessoas na “Meca do capitalismo”, os chamados homeless?). Definitivamente, o capitalismo é a própria barbárie.

O relatório da Oxfam, com os dados, na íntegra, pode ser acessado aqui.

Verbena Córdula | Pressenza


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