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“Descolonização de Hong Kong”: a história nas páginas da Cadernos do Terceiro Mundo

A questão da autonomia de Hong Kong tem sido um ponto problemático desde a transferência da cidade para o governo chinês em 1º de julho de 1997; relembre
Jacqueline Ventapane
Diálogos do Sul
Rio de Janeiro (RJ)

Tradução:

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, retirou o status especial conferido a Hong Kong por aquele país e assinou, também, uma lei para aplicar sanções contra as autoridades chinesas responsáveis por reprimir a dissidência política em Hong Kong, em mais um episódio do confronto entre Estados Unidos e China dentro daquela que vem sendo chamada a Nova Guerra Fria. Por sua vez, o governo chinês afirmou que adotará represálias por conta de mais este movimento do governo estadunidense. 

A questão da autonomia de Hong Kong tem sido um ponto problemático desde a transferência da cidade para o governo chinês em 1º de julho de 1997. A Lei Básica, parte da Declaração Conjunta de 1984, determinava que a cidade fosse administrada sob o princípio de “Um país, Dois Sistemas” por 50 anos, garantindo, ainda, que a região permanecesse inserida no sistema capitalista e mantivessem as liberdades individuais instituídas durante o mandato britânico sobre ela. 

Porém, em 2014, o governo chinês publicou o documento “The Practice of the ‘One Country, Two Systems’ Policy in the Hong Kong Special Administrative Region (HKSAR)”, onde afirmava que “O alto grau de autonomia do HKSAR não é total, nem um poder descentralizado. É o poder de administrar assuntos locais, conforme autorizado pela liderança central”.

Em 28 de maio de 2020, o Congresso Nacional da China aprovou os primeiros itens de uma Lei de Segurança Nacional que aumenta o controle do governo central sobre a região semi-autônoma de Hong Kong. A nova lei é mais dura nas punições a uma lista de atitudes consideradas terroristas e subversivas pelas autoridades do Partido Comunista Chinês, restringindo assim o direito de protesto e as possibilidades de militância por maior autonomia na região.

Por sua vez, esses crescentes protestos vêm sendo financiados, segundo fontes na imprensa e no governo chinês, pelos Estados Unidos, por organizações como o National Endowment for Democracy (NED), um recorte de soft power da CIA, a Central de Inteligência Americana.

A questão da autonomia de Hong Kong tem sido um ponto problemático desde a transferência da cidade para o governo chinês em 1º de julho de 1997; relembre

Acervo Digital Cadernos do Terceiro Mundo
A solene cerimônia de troca de bandeiras foi um dos momentos culminantes da histórica transferência

Memória

Tema complexo, que requer uma análise de longo prazo e a compreensão da geopolítica atual. Para uma visão histórica do tema, compartilhamos reportagem publicada na revista Cadernos do Terceiro Mundo de 1997.

A Diálogos do Sul é a continuidade digital da revista fundada em setembro de 1974 por Beatriz Bissio, Neiva Moreira e Pablo Piacentini em Buenos Aires:

A recuperação e tratamento do acervo da Cadernos do Terceiro Mundo foi realizada pelo Centro de Documentação e Imagem do Instituto Multidisciplinar da UFRRJ, fruto de uma parceria entre o LPPE-IFCH/UERJ (Laboratório de Pesquisa de Práticas de Ensino em História do IFCH), o NIEAAS/UFRJ (Núcleo Interdisciplinar de Estudos sobre África, Ásia e as Relações Sul-Sul) e o NEHPAL/UFRRJ (Núcleo de Estudos da História Política da América Latina), com financiamento do Governo do Estado do Maranhão.

Texto publicado originalmente na página Revista Cadernos do Terceiro Mundo – Acervo Digitalizado.  

“A descolonização de Hong Kong”, por Maurício de Assis. CADERNOS DO TERCEIRO MUNDO. Rio de Janeiro: Terceiro Mundo, ano 23, n. 200, jun.-jul. 1997, p. 74-77

Confira a edição completa da revista nº 200:


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

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As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul.
Jacqueline Ventapane

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