Conteúdo da página
ToggleTrês milhões e meio de costarriquenses estão habilitados para votar nas eleições gerais da Costa Rica de domingo 6 de fevereiro. Serão eleitos presidente, dois vice-presidentes e os 57 deputados da Assembleia Legislativa para o período 2022-2026.
Uma das coisas que surpreende nesta eleição é a quantidade de candidatos que competem pela primeira magistratura: 25. Segundo as pesquisas, a grande maioria destes candidatos não tem chance alguma de chegar às presidências.
A disputa se reduz a dois homens e uma mulher que lutam para passar ao quase certo segundo turno eleitoral, previsto para 3 de abril entre os dois candidatos mais votados. No primeiro turno ganha o que obtenha a maioria simples, com um mínimo de 40%.
Caso se cumpram as previsões das pesquisas, Costa Rica elegerá seu presidente em um segundo turno pela quarta vez em sua história moderna. As ocasiões anteriores foram em 2002, 2014 e 2018.
página 12
25 candidatos
Os indecisos
Os principais candidatos são o ex presidente José María Figueres (1994-1998), do Partido Libertação Nacional (centro) e a ex vice-presidente Lineth Saborío (2002-2006) do Partido Unidade Social Cristã (centro-direita).
Os partidos de Libertação Nacional e o de Unidade Social Cristã marcaram a disputa pelo governo desde meados dos anos 80 hasta 2014, quando surgiu o Partido Ação Cidadã (centro-esquerda), liderado pelo atual presidente do país, Carlos Alvarado Quesada. O candidato oficialista, Welmer Ramos, aparece muito abaixo nas pesquisas, razão pela qual é altamente provável que o jovem partido fique fora do governo.
Partido Socialista vence e alcança maioria parlamentar nas eleições em Portugal
Outro candidato que busca chegar ao segundo turno é Fabricio Alvarado Muñoz da Nova República, um partido fundado em 2019, pertencente à direita.
A principal opção de esquerda é José María Villalta, da Frente Ampla (fundada em 2004), mas que parece ter poucas chances.
Rodrigo Chávez, do Partido Progresso Social Democrático (centro,fundado em 2018, é outro dos que aparece com alguma possibilidade de competir.
A chave dos principais candidatos passa por conseguir seduzir a massa de indecisos que as pesquisas indicam. Os estudos de opinião pública do Centro de Pesquisa e Estudos Políticos da Universidade da Costa Rica vêm mostrando que os indecisos estão acima de 40%. Na Costa Rica o voto é obrigatório, mas não há sanções por não votar.
Estas eleições ocorrem no contexto da pandemia provocada pela covid-19. A luta contra esta doença foi um dos temas de campanha. A este se somam o combate à corrupção e ao desemprego.
Chile à esquerda: o que podemos esperar do primeiro ano do governo de Gabriel Boric?
Os 25 candidatos
Uma das particularidades desta eleição é a quantidade de candidatos que se apresentam. “Seguramente um dos fatores que levaram a esta situação é o fato de que existe a percepção de que qualquer um pode acabar chegando à presidência”, avaliou o historiador Rafael Cuevas Molina em uma nota publicada no portal Nodal.
O ex-ministro da Educação durante o governo de José María Figueres afirmou que a proliferação de partidos se deve a que o interesse pela política mudou no país. Há um “repúdio aos partidos tradicionais”, ao mesmo tempo que são fundados novos partidos e lançadas candidaturas.
A lista completa de candidatos a presidente
-
José María Figueres – Partido Libertação Nacional
-
Lineth Saborío – Partido Unidade Social Cristã
-
Fabricio Alvarado – Partido Nova República
-
José María Villalta – Partido Frente Ampla
-
Rodrigo Chávez – Partido Progresso Social Democrático
-
Eliécer Feinzaig- Partido Liberal Progressista
-
Rolando Araya – Partido Costa Rica Justa
-
Welmer Ramos – Partido Ação Cidadã
-
Greivin Moya – Partido Força Nacional
-
Eduardo Cruickshank – Partido Restauração Nacional
-
Rodolfo Hernández – Partido Republicano Social Cristão
-
Federico Malavassi – Partido União Liberal
-
Sergio Mena – Partido Nova Geração
-
Rodolfo Piza – Partido Nosso Povo
-
Oscar Campos – Partido Encontro Nacional
-
Luis Cordero- Partido Movimento Libertário
-
Oscar López – Partido Acessibilidade Sem Exclusão
-
Natalia Díaz – Partido Unidos Podemos
-
Carmen Quesada – Partido Justiça Social Costarriquense
-
Christian Rivera – Partido Aliança Democrata Cristã
-
Maricela Morales – Partido União Costarriquense Democrática
-
Martín Chinchilla – Partido Povo Unido
-
Roulan Jiménez – Partido Movimento Social Democrata Costarriquense
-
Walter Muñoz – Partido Integração Nacional
-
Jhonn Vega – Partido Dos Trabalhadores
Redação Página 12
Tradução de Ana Corbisier
As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul
Assista na Tv Diálogos do Sul
Se você chegou até aqui é porque valoriza o conteúdo jornalístico e de qualidade.
A Diálogos do Sul é herdeira virtual da Revista Cadernos do Terceiro Mundo. Como defensores deste legado, todos os nossos conteúdos se pautam pela mesma ética e qualidade de produção jornalística.
Você pode apoiar a revista Diálogos do Sul de diversas formas. Veja como:
- Cartão de crédito no Catarse: acesse aqui
- Boleto: acesse aqui
- Assinatura pelo Paypal: acesse aqui
- Transferência bancária
Nova Sociedade
Banco Itaú
Agência – 0713
Conta Corrente – 24192-5
CNPJ: 58726829/0001-56
Por favor, enviar o comprovante para o e-mail: assinaturas@websul.org.br - Receba nossa newsletter semanal com o resumo da semana: acesse aqui
- Acompanhe nossas redes sociais:
YouTube
Twitter
Facebook
Instagram
WhatsApp
Telegram