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Em meio ao surto de coronavírus, Cuba mantém brigada de médicos na China

"Continuaremos a contribuir para o bem-estar e a qualidade de vida, com os nossos irmãos médicos e trabalhadores chineses da saúde", diz médica cubana
Redação Prensa Latina
Prensa Latina
Pequim

Tradução:

Yamira Palacios, que lidera a Brigada Médica Cubana na China, disse à Prensa Latina que a equipe vai continuar a prestar assistência médica nas instituições de saúde, tal como o faz há 14 anos, de forma ininterrupta.

“Continuaremos a contribuir para o bem-estar e a qualidade de vida, com os nossos irmãos médicos e trabalhadores chineses da saúde, que são um exemplo de trabalho, coragem e compromisso”, sublinhou a médica cubana.

Palacios mostrou confiança na capacidade do gigante asiático para sair “vitorioso nesta batalha pela vida”, pois o seu povo “luta, sabe agigantar-se perante as adversidades mais difíceis e está a mostrá-lo agora”.

“Apoiamos a China, apoiamos Wuhan e todos os trabalhadores da saúde; são heróis anônimos e vencerão”, insistiu.

Por outro lado, a médica destacou que a comunidade cubana está bem, protegida e cumprindo todas as medidas decretadas pelas autoridades sanitárias chinesas e pelo Ministério da Saúde Pública do país caribenho.

Palacios chefia o posto médico criado na Embaixada cubana em Pequim para reforçar os cuidados a cidadãos de Cuba na China, em plena situação de emergência relacionada com a epidemia do coronavírus, que, segundo a Prensa Latina, já provocou 908 mortes e contagiou 40 171 pessoas.

Na semana passada, chegaram à China a pediatra infectologista Ileana Álvarez e o médico infectologista Rafael Arocha, ambos membros do Contingente Internacional de Médicos Especializados em Desastres e Grandes Epidemias “Henry Reeve”.

"Continuaremos a contribuir para o bem-estar e a qualidade de vida, com os nossos irmãos médicos e trabalhadores chineses da saúde", diz médica cubana

Cortesia da Brigada Médica de Cuba na China
"Apoiamos a China, apoiamos Wuhan e todos os trabalhadores da saúde; são heróis anônimos e vencerão"

Autoridades cubanas reconhecem os esforços da China contra o coronavírus

Numa mensagem publicada na sua conta de Twitter, o titular da pasta dos Negócios Estrangeiros, Bruno Rodríguez, reafirmou a solidariedade de Cuba com o gigante asiático e sublinhou o intercâmbio existente entre Havana e Pequim para travar o contágio, face à expansão do coronavírus 2019-nCoV.

Rodríguez referiu-se também à cooperação biotecnológica bilateral, uma vez que, desde 25 de Janeiro, a fábrica mista ChangHeber, localizada em Changchun, na província chinesa de Jilin, está produzindo o antiviral cubano Interferón alfa 2B recombinante, conhecido como IFNrec, e que é um produto líder da biotecnologia na maior ilha das Antilhas.

O medicamento é um dos cerca de 30 escolhidos pela Comissão Nacional de Saúde pela seu potencial para curar a doença respiratória, informou o embaixador de Cuba na China, Carlos Miguel Pereira.

O IFNrec aplica-se contra infecções virais provocadas pelo HIV, a papilomatose respiratória recorrente causada pelo vírus papiloma humano, o condiloma acuminado, e a hepatite B e C, bem como nas terapias contra vários tipos de cancro.

De acordo com dados divulgados pelas autoridades chinesas, a que a Xinhua faz referência, 3281 pessoas recuperaram do coronavírus, e diminuiu o número de pessoas contagiadas fora da província de Hubei e da sua capital, Wuhan, onde surgiu.

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As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul do Global.

Redação Prensa Latina

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