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Em mensagem a AMLO, Fernández agradece importante apoio do México à Argentina

“O futuro nos encontrará aos argentinos e aos mexicanos caminhando juntos na senda do desenvolvimento” registrou o presidente argentino em mensagem
Stella Calloni
Diálogos do Sul Global
Buenos Aires

Tradução:

“Obrigado querido amigo por seu permanente apoio e compromisso com a Argentina. A resolução de nossa dívida é também uma boa notícia para o continente”, escreveu o presidente Alberto Fernández em uma mensagem dirigida ao seu par mexicano Andrés Manuel López Obrador, que foi publicada hoje.

Desta maneira reiterou seu agradecimento, que já havia demonstrado nos momentos das negociações pela troca da dívida deixada pelo governo direitista do empresário Mauricio Macri (2015-2019), quando López Obrador interveio com alguns dos credores.

Fernández, agradeceu agora seu “permanente apoio e compromisso” com a Argentina. “O futuro nos encontrará aos argentinos e aos mexicanos caminhando juntos na senda do desenvolvimento”, publicou esta manhã o mandatário em sua conta do Twitter.

Agregou também um vídeo de López Obrador, no qual o mandatário mexicano se confessa “satisfeito porque se conseguiu um acordo para reestruturar a dívida da Argentina”, o que considera “uma boa notícia”.

“O futuro nos encontrará aos argentinos e aos mexicanos caminhando juntos na senda do desenvolvimento” registrou o presidente argentino em mensagem

Twitter | Reprodução
Alberto Fernández viajou ao México para encontrar-se com Andrés Manuel López Obrador

López Obrador elogia Fernández

López Obrador disse em uma entrevista coletiva em seu país, que “o governo anterior da Argentina contratou muita dívida, deixou a situação financeira em condições lamentáveis pelos compromissos de pagamento em muito curto tempo”, destacando que Fernández “iniciou um processo de negociação para não declarar a suspensão dos pagamentos”.

Analisou também que “se o país tivesse chegado a isso, seguramente iria gerar instabilidade nos mercados financeiros internacionais, e buscou-se em todo momento, um acordo, dialogou-se e parece que foi favorável à Argentina, já que se ampliaram os prazos, houve quitações ao montante da dívida” e agregou que “celebramos que não se tenha optado pela suspensão do pagamento da dívida. Isso é estabilidade, dá muita tranquilidade nos mercados”, indicou o presidente mexicano na entrevista coletiva na qual difundiu o vídeo do ato que Fernández encabeçou esta semana no Museu do Bicentenário.

Em 4 de novembro de 2019, o presidente então eleito Alberto Fernández viajou ao México para encontrar-se com Andrés Manuel López Obrador, o qual se comprometeu a ajudar tudo o que esteja ao seu alcance, inclusive impor seus votos ante organismos como o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Fernández  recordou nesses momentos que o México era parte da diretoria do FMI e que era importante o apoio desse país, assinalando, além disso, que os mexicanos entendem melhor que muitos o que acontece à Argentina porque são latino-americanos e têm um  presidente muito latino-americanista”, havia escrito o mandatário argentino que acrescentou que “para minha alegria, o presidente López Obrador conhece perfeitamente bem o que aconteceu na Argentina, a situação que a Argentina enfrenta e foi categórico em seu apoio para nós”.

Entre os esforços do mandatário mexicano, menciona-se a conversação telefônica com Larry Fink, presidente do fundo BlackRok. “Ajudei a buscar uma saída no manejo da dívida da Argentina com os fundos de investimento. O presidente da Argentina, Alberto Fernández, me falou que sabia que eu tinha boa relação com Larry Fink, e que eles estavam buscando uma negociação de sua dívida”, contou López Obrador em seu momento.

Na Argentina se conheceu também que o fundo BlackRock, o maior fundo de investimento do mundo, acudiu a importantes credores antes da negociação para explicar a situação argentina e pedir que se baixasse o valor de sua contra oferta  à proposta (do governo de Fernández) para nivelá-la com as propostas dos outros dois grupos de investidores envolvidos nas discussões. Isso foi um passo chave na negociação da troca de dívida. 

Stella Calloni, colaboradora de Diálogos do Sul desde Buenos Aires

Tradução: Beatriz Cannabrava


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

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As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul do Global.

Stella Calloni Atuou como correspondente de guerra em países da América Central e África do Norte. Já entrevistou diferentes chefes de Estado, como Fidel Castro, Hugo Chávez, Evo Morales, Luiz Inácio Lula da Silva, Rafael Correa, Daniel Ortega, Salvador Allende, etc.

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