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Enquanto pobreza e violência crescem nos EUA, verba à Ucrânia bate US$ 113 bilhões em 1 ano

Estudos evidenciam que enorme apoio financeiro atribuído por Washington a Kiev ofusca a despesa com "as prioridades internas"
Redação AbrilAbril
AbrilAbril
Lisboa

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Grandes cidades como Detroit, Cleveland, Filadélfia e Los Angeles encontram-se entre as dez “mais necessitadas” nos Estados Unidos, revelou o diário The Hill, tendo por base um relatório realizado pelo portal de finanças WalletHub.

O estudo classificou 182 cidades norte-americanas tendo em conta 28 indicadores econômicos, que incluem pobreza infantil, pobreza, insegurança alimentar, população sem-abrigo, qualidade habitacional, entre outros.

Detroit, onde um em cada cinco inquilinos foi despejado ao longo de 2022, ocupa o primeiro lugar na lista de cidades que precisam de maior ajuda, informa a fonte.

Segue-se a cidade de Brownsville (estado do Texas), onde um quarto da população vive em situação de pobreza, “o dobro da média nacional”, e Cleveland, onde a taxa de pobreza se situa nos 29% (tornando-a, depois de Detroit, a segunda cidade grande mais pobre do país norte-americano).

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Outras grandes cidades que apareceram nesta lista são Filadélfia (em sétimo lugar e com um registo de 500 homicídios em 2022), Nova Orleães (em oitavo lugar e com a taxa de homicídios mais elevada do país) e Los Angeles, que surge no nono posto. “Apesar de toda a sua riqueza […], mais de 40 mil cidadãos vivem ali nas ruas”, destaca o The Hill.

Outro dado apontado pelo estudo é que cinco cidades partilham o primeiro lugar no que diz respeito à população sem-abrigo: Fresno e São Francisco, na Califórnia; Nova Iorque, Washington D.C. e Honolulu.

Já Gulfport (estado do Mississippi), onde um quarto da população vive em situação de pobreza, é, de acordo com o estudo, a cidade norte-americana com maiores problemas de insegurança alimentar.

Estudos evidenciam que enorme apoio financeiro atribuído por Washington a Kiev ofusca a despesa com "as prioridades internas"

Thomas Hawk – Flickr

Ajuda de Joe Biden à Ucrânia é mais do que qualquer país do mundo gasta em despesas militares, com exceção de EUA e China




A Ucrânia recebe mais fundos federais que 40 estados do país

Um texto divulgado há uma semana pelo Quincy Institute for Responsible Statecraft alerta que o enorme apoio financeiro atribuído pelos Estados Unidos à Ucrânia ofusca a despesa com “as prioridades internas”.

Os autores do texto afirmam que Washington já tinha atribuído 68 bilhões de dólares a Kiev, a qual se soma à “ajuda” mais recente aprovada pelo Congresso, no valor de 45 bilhões, elevando para mais de 113 bilhões de dólares a despesa dos EUA com a Ucrânia desde o início da guerra.

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Os autores referem-se a esta verba como “dinheiro dos contribuintes norte-americanos” e, para ajudar a contextualizar o seu valor, afirmam que, se a Ucrânia fosse um estado do país, seria o 11.º em termos de fundos federais que recebe, segundo os próprios dados do governo sobre a despesa.

“Em outras palavras, nos últimos 12 meses, a Ucrânia recebeu mais dólares dos contribuintes norte-americanos que 40 estados dos EUA”, afirmam.

Ainda sobre a verba, o texto afirma que a ajuda dada pela administração de Joe Biden à Ucrânia é mais do que qualquer país do mundo gasta em despesas militares, com exceção dos Estados Unidos e da China.

Os 113 bilhões de dólares de ajuda à Ucrânia – refere ainda o texto – são quase tanto quanto o que a Lei atribui para despesa de referência ao Departamento de Estado e ao Departamento de Segurança Nacional juntos, e pouco menos que os 118,7 bilhões de dólares que os EUA devem gastar em cuidados médicos com todos os veteranos militares.

Redação | AbrilAbril


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

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