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Entre a força e o silêncio da ditadura argentina, Mães da Praça de Maio resistem há 42 anos

Confira o ensaio feito pelo fotojornalista cubano Kaloian, em homenagem às mães que tiveram seus filhos assassinados por militares argentinos
Mariane Barbosa
Diálogos do Sul Global
São Paulo (SP)

Tradução:

Desde maio de 1977, todos os anos, no dia 24 de março a Argentina se faz gigante através das Mães e Avós da Praça de Maio que se negam a esquecer do passado, enquanto marcham semanalmente em silêncio. A Praça é simbólica no país vizinho, pois tem uma localização privilegiada na cidade de Buenos Aires, em frente à sede do governo argentino.

As Mães da Praça de Maio são uma associação de mães que tiveram seus filhos assassinados durante o período ditatorial e, vestindo lenços brancos na cabeça para simbolizar as fraldas de seus filhos perdidos na ditadura, elas se manifestam há 42 anos contra as atrocidades que aconteceram naquela época.

Confira o ensaio feito pelo fotojornalista cubano Kaloian, em homenagem às mães que tiveram seus filhos assassinados por militares argentinos

Kaloian Santos Cabrera
Fotografias da Mostra: Las locas de la Plaza de Mayo

A luta se iniciou com uma dúzia de mães que compartilhavam da experiência de terem tido seus filhos e netos sequestrados pelo Estado e passaram a buscar informações que pudessem ajudá-las a encontrá-los em meio ao genocídio promovido pela ditadura que se instalou naquele país entre 1976 e 1983 e resultou em um saldo de 30 mil pessoas mortas e desaparecidas. 

Em homenagem a essas lutadoras, o fotojornalista cubano Kaloian Santos Cabrera realizou um ensaio na última década, durante os protestos das “las locas de la Plaza de Mayo” (modo como eram chamadas por militares e repressores). 

As fotografias nos mostram a garra no olhar longínquo de cada mãe, representando a grandeza das mulheres que simbolizam não só toda a luta atual de um povo, mas a esperança de uma vida digna de Justiça e serenidade.

Confira as fotos:


As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul do Global.

Mariane Barbosa

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