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O governo dos Estados Unidos e setores da oligarquia colombiana, encabeçada por Álvaro Uribe, estão por trás do plano orquestrado para desestabilizar o governo da Venezuela, assegurou o ministro de Relações Exteriores venezuelano, Elías Jaua, em entrevista à agência RT.
“Não temos a mais mínima dúvida de que o própria governo de Barack Obama (…) e setores da oligarquia colombiana, especialmente expressados por Álvaro Uribe, que é assessor e financiador direto de Leopoldo López (líder da oposição venezuelana), estão por trás deste plano de desestabilização da revolução bolivariana e do governo do presidente Nicolás Maduro”, disse Jaua.
Segundo o ministro, “há testemunhas, imagens, gráficos e relatórios de inteligência de diversos tipos” que demonstram que o ex presidente colombiano colabora com López.
Além disso, denunciou que a administração de Obama pretende derrubar o governo venezuelano. Prova disso, conforme Jaua, é “a declaração do secretario de Estado, John Kerry, e a grave chamada telefônica a nosso embaixador na OEA, condicionando ou exigindo que nos abstivéssemos de prender a López porque senão teríamos graves consequências”.
Nesta terça-feira (18/1/14) o dirigente opositor venezuelano, contra quem pesava uma ordem de captura por causa dos violentos incidentes da semana anterior, se entregou às forças da ordem.
“Somos um país independente e soberano com um sistema de justiça autônomo o qual determinará o destino de López. Nós queremos ter uma relação de respeito com os EUA, porém não aceitamos que venham a opinar ou a condicionar as decisões de poderes públicos autônomos do país”, agregou.
Por outro lado, em repetidas ocasiões o governo venezuelano denunciou que há uma ressurgimento neofascista na Venezuela.
“Há um núcleo da oposição que é de ideologia fascista (…) que se caracteriza por uma ideologia de intolerância política e social para com o socialismo, de promoção e estímulo ao ódio de classes e racial como elementos de fazer política e de dirimir os conflitos políticos. São elementos que nos levam a estabelecer como um surgimento fascista em território venezuelano, além do uso de violência através de grupos previamente treinados”, esclareceu o ministro.
Não obstante, o chefe da diplomacia bolivariana enfatizou que combaterão esse “ressurgimento neofascista com autoridade democrática” e com “a mobilização popular de um povo consciente e organizado, agitando as bandeiras da tolerância, da convivência e do amor entre os venezuelanos”.
Anteriormente a televisão estatal venezuelana havia revelado a existência de um fundo milionário arrecadado pela direita para pagar os mercenários que executam as ações violentas no país. Denunciou também que a oposição tinha previsto um dia do mês de maio próximo como limite para materializar o golpe de estado e instaurar um governo de transição.
Todos os cenários são possíveis. Estamos enfrentando já a decisão (da direita) com o apoio de Washington de derrubar o governo do presidente Maduro. Porém nós temos a fortaleza e (…) elementos que nos permitem ter a confiança, sem subestimar a ameaça que estamos enfrentando”, asseverou.
Paralelamente afirmou que na Venezuela “ha instituições democráticas sólidas e uma maioria popular que tem apoiado a revolução bolivariana ao longo de 15 anos”. Não obstante, para a oposição “não importa a legitimidade democrática, desprezam a vontade majoritária de um povo (…). Consideram que não há saída pela via democrática e por isso querem derrubar o governo”, concluiu.
A entrevista completa em: http://actualidad.rt.com/actualidad/view/120318-venezuela-jaua-eeuu-uribe-colombia