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O Presidente Evo Morales promulgou no dia 15 de maio a Lei 378, de Incremento da Renda Dignidade, que beneficiará a centenas de milhares de adultos idosos no país e questionou a posição da Central Operária Boliviana (COB).
O chefe de estado enfatizou as diferenças entre a posição da COB e do Governo com relação a Lei de Pensões, devido a organização exigir um aumento da aposentadoria para os mineiros de oito mil bolivianos (1.147 dólares) e a cinco mil (747 dólares) para os demais setores.
“Há companheiros da COB que ó pensam em grupos privilegiados e o governo defende o direito dos trabalhadores, da maioria dos trabalhadores. Esta é nossa diferença”, asseverou.
Morales recordou também que “aceitamos a política para servir ao povo. Nestes momentos há marchas e para mim seria fácil aceitar suas propostas – da COB – para conquistar sua confiança, mas, há que pensar nas futuras gerações e não nas próximas eleições”
“É injusto que os que ganham 40 ou 50 mil bolivianos queiram aposentar-se com cem por cento, sem pensar nos que ganham mil bolivianos”, reiterou.
O primeiro presidente indígena do país disse ter “aprendido a ser responsáveis com a pátria”, e reafirmou que “nossa responsabilidade sempre será favorecer aos que ganham pouco”. Acrescentou que “lamentavelmente estamos enfrentados com alguns companheiros, mas, sim, também há companheiros de base que não se deixam confundir”.
Esclareceu que nas últimas reuniões de negociações com a COB os representantes da organização operária, talvez mal assessorados, não dispunham de argumentos técnicos nem financeiros para sustentar suas propostas.
“Aceitamos o diálogo e não tinham argumentos. Só disseram que é uma decisão política. E não podemos ter uma decisão política se não há realidade econômica. Não podemos enganar o povo”, disse.
Morales exortou a “defender a democracia, o processo de mudança. Mobilizemo-nos! Organizemo-nos!” Alertou que “quando alguns privilegiados querem mais privilégios, então se enfrentarão com o governo, pois o importante é servir ao povo”.
Recordou também a situação de milhares de trabalhadores do campo, explorados por anos, sem aposentadoria, e obrigados a trabalhar desde crianças até a morte, uma das causas pelas quais aprovou a nova lei.
Antes, só 0,2 por cento da população tinha uma renda e agora com a Renda Dignidade, e os bônus Juancito Pinto y Juana Azurduy são beneficiadas três milhões de pessoas, quase 33 por cento da população, finalizou.
*Prensa Latina, de La Paz para Diálogos do Sul