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Foto: Comando Sul dos EUA

Exercício naval realizado pelos EUA é chance de compartilhar inteligência com Otan, diz Chile

Treinamento Unitas 2024 acontece na costa do Chile com 23 países; para os EUA, "é uma honra trabalhar com aliados e amigos"

Aldo Anfossi
La Jornada
Santiago del Chile

Tradução:

Beatriz Cannabrava

A 65ª versão do exercício naval UNITAS, organizado anualmente pela marinha dos EUA em conjunto com marinhas similares latino-americanas, começou a ser realizada nesta segunda-feira (2) em frente à costa do Chile, prolongando-se por dez dias e com a participação de 23 países.

O UNITAS 2024 reúne 4.269 pessoas de 23 países, com 19 unidades navais e 19 aeronaves, provenientes da Alemanha, Argentina, Belize, Brasil, Chile, Coreia do Sul, Colômbia, Equador, Estados Unidos, França, Guatemala, Honduras, Itália, Jamaica, Japão, México, Panamá, Paraguai, Peru, Portugal, Trinidad e Tobago, Reino Unido e Uruguai.

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Segundo informação oficial publicada pela marinha de guerra chilena, trata-se do exercício naval mais antigo do mundo e servirá para “fortalecer as relações diplomáticas e a cooperação internacional entre os países participantes”, “compartilhar experiências e conhecimentos em operações navais” e “reforçar a segurança e a estabilidade no Pacífico Sul, promovendo a cooperação em desastres naturais e segurança marítima”.

Onde e porque

As manobras ocorrerão em três zonas do país — Coquimbo (ao norte), Valparaíso (centro) e Punta Arenas, no extremo sul, em águas do Estreito de Magalhães — e incluem “atividades não só por parte das unidades de flutuação, mas também exercícios de forças especiais, infantaria da marinha, mergulhadores de salvamento, autoridade marítima, helicópteros e aviões”.

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Segundo o comandante de Operações Navais do Chile, vice-almirante Claudio Maldonado, o exercício “nos permite também mostrar as capacidades e a preparação para planejar e conduzir operações que a Marinha do Chile possui”, destacando que “temos a grande oportunidade de compartilhar com países da OTAN e com países que possuem as últimas tecnologias, de tal forma que possamos compartilhar todos os procedimentos e as formas de operar”.

Para os EUA, é uma “honra”

Enquanto isso, o segundo comandante da Quarta Frota da Marinha dos Estados Unidos, contra-almirante Richard S. Lofgren, classificou como “uma verdadeira honra participar deste exercício que está sendo realizado há 65 anos e trabalhar junto com aliados e amigos para continuar fortalecendo nossa visão de cooperação internacional“.

Esses exercícios surgiram a partir da Primeira Conferência Naval realizada no Panamá em 1959 e são realizados no âmbito do Tratado Interamericano de Assistência Recíproca.

La Jornada, especial para Diálogos do Sul – Direitos reservados.


As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul Global.

Aldo Anfossi

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