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Falta de água, combustível e infraestrutura condena à fome palestinos na Faixa de Gaza

Condições impedem cozinhar os poucos alimentos ainda disponíveis; segundo a ONU, ajuda externa é muito escassa
Redação Resumen LatinoAmericano
Resumen LatinoAmericano
Caracas

Tradução:

A infraestrutura alimentar na Faixa de Gaza deixou de funcionar e a população corre um alto risco de morrer de fome, denunciou, no último dia 16, o Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas (PMA).

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O representante e diretor do Programa na Palestina, Samer Abdeljabe, pôs ênfase na interrupção das cadeias de fornecimento como um revés catastrófico em uma situação já grave pela violência circundante.

A população se desespera ao ver-se privada das necessidades mais básicas, e sem acesso a combustível, a capacidade para fornecer pão aos necessitados ou transportar alimentos está comprometida.

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Este estado extremo de desabastecimento paralisou a vida em Gaza. “As pessoas estão morrendo de fome”, afirmou o funcionário da ONU.

A ajuda externa é vital, e até agora escassa. Dos 1.129 caminhões que chegaram pela passagem fronteiriça de Rafa desde 21 de outubro, só 447 transportavam alimentos, o que equivale apenas a 7% das necessidades mínimas diárias da população, explicou o representante do PMA.

Por esta razão, é imprescindível a abertura de novas passagens fronteiriças com prioridade para transportar alimento, combustível e água, reclamou o especialista.

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Condições impedem cozinhar os poucos alimentos ainda disponíveis; segundo a ONU, ajuda externa é muito escassa

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Apenas um quarto dos estabelecimentos comerciais que cooperavam com o PMA funcionam, já os mercados locais, fecharam

Exemplos da destruição

Um exemplo da gravidade da crise em Gaza é o fechamento de suas padarias: de 23 em funcionamento até 7 de outubro, não restou nenhuma, pelos bombardeios ou por falta de recursos para elaborar o apreciado alimento.

Além disso, apenas funciona uma quarta parte dos estabelecimentos comerciais que cooperavam com o PMA, pois o resto já não dispõe de alimentos essenciais. Também os mercados locais fecharam, e não há forma de cozinhar os poucos alimentos que aparecem.

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A escassez de combustível é outro dos graves problemas, pois paralisa a elaboração e distribuição da assistência alimentar. Alguns caminhões chegaram na semana passada do Egito, mas os fornecimentos não puderam chegar aos civis nos refúgios devido à falta de combustível para os veículos de distribuição. 

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O PMA proporcionou, desde o mês passado, assistência alimentar de emergência a mais de 700 mil pessoas deslocadas em Gaza e tem planos para ampliá-la para chegar a mais de um milhão nas próximas semanas.

Para conseguir isso depende de corredores de abastecimento crescentes e sustentáveis para Gaza, a possibilidade de estabelecer turnos para o pessoal dentro e fora com acesso humanitário seguro, e um apoio contínuo de países e organizações doadoras. 

Al Mayadeen em Resumen Latinoamericano
Tradução do espanhol: Ana Corbisier


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

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As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul do Global.

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