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FARC enroscada à mesa de conversações

Revista Diálogos do Sul

Tradução:

As Forças Armadas Revolucionárias de Colômbia – Exército do Povo (FARC-EP), anunciaram que estão “enroscada”  à mesa de conversações em La

Andrés París, da delegação guerrilheira Andrés París, da delegação guerrilheira

Habana e que não se erguerão até conseguir um acordo para o fim do conflito.

Andrés París, integrante da delegação guerrilheira nos diálogos, disse à imprensa que as Farc nunca abandonaram nenhum processo desse tipo anteriormente e não o farão agora.

Falando no Palácio de Convenções, sede dos diálogos desde o início em novembro passado, acrescentou Sempre tem sido o governo quem se retira e nesta ocasião não será exceção.

Sobre a evolução do ponto em discussão na mesa, referente a participação política, informou que a delegação insurgente já tem suficientes páginas para mostrar os avanços a Colômbia.

A confidencialidade imposta por cláusula do acordo geral não nos permite ampliar o conteúdo dessas páginas, mas informamos que a delegação de paz trabalha intensamente e sem freios. “No que nos corresponde vamos apresentar à Colômbia resultados muito bons na conclusão deste ciclo”.

Em resposta às declarações do mandatário colombiano, Juan Manuel Santos, que pediu resultados quando completou um ano do início das conversações, París expressou seu desejo de conseguir um encerramento deste segundo ponto da agenda na data prevista.

Não obstante, questionou se o presidente teria a mesma pressa para fazer as mudanças e reformas necessárias para Colômbia. O representante dos rebeldes também manifestou sua inconformidade com a elevação dos salários na administração.

Estamos perplexos com a decisão de aumentar o salario a mais de dois mil funcionários da burocracia estatal, elevando suas rendas a mais de 12 mil dólares mensais, enquanto 14 milhões de colombiano ganham abaixo do salario mínimo de menos de 300 dólares.

Acrescentou que esse decreto antipopular seguramente será recebido com novas manifestações de protestas no país.

París também se referiu a um possível congelamento dos diálogos durante as eleições na Colômbia em maio de 2014. Estamos dispostos a avançar em qualquer proposta que preserve o processo para chega ao fim do conflito. Caso se requeira uma pausa estaríamos dispostos mas não como uma ação unilateral ou imposta através dos meios. Segundo París, esta iniciativa não foi colocada na mesa.

Ambas as parte chegaram a um primeiro acordo parcial em maio sobre o tema agrário.

*Prensa Latina de La Habana, para Diálogos do Sul


As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul do Global.

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