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Foto: Times of Gaza / X

Fepal: Como Alemanha nazista, Israel deve ser parado pela força das armas

Em carta, Fepal pede ação internacional urgente em meio ao ataque sionista deste domingo (26) contra Rafah, que queimou vivas dezenas de crianças e mulheres
Guilherme Ribeiro
Diálogos do Sul Global
Bauru (SP)

Tradução:

A Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal) publicou uma declaração condenando o ataque realizado neste domingo (26) por Israel contra Rafah, no sul da Faixa de Gaza.

O bombardeio atingiu uma área repleta de refugiados e queimou vivas cerca de 45 pessoas, quase todas crianças e mulheres.

No texto, publicado ainda neste domingo, a Fepal descreve o horror provocado pela violência sionista como “desafio à raça humana maior do que foi o nazismo” e, neste sentido, pede que essa “ideologia supremacista idêntica ao nazismo” seja parada “pela força das armas, como foi parada a Alemanha nazista”.

Rafah é o último refúgio dos palestinos e acumula mais de 2 milhões de civis. Na sexta-feira (24), a Corte Internacional de Justiça (CIJ), principal tribunal da Organização das Nações Unidas (ONU), ordenou que Israel parasse a ofensiva na região. Como habitual, Benjamin Netanyahu ignorou a determinação.

“Gaza é o inferno na terra. As imagens da noite passada são mais uma prova disso”, disse a agência da ONU para refugiados palestinos (UNRWA, na sigla em inglês).

Conforme lembra ainda a Fepal, todos os lugares definidos por Israel como seguros foram atacados, num evidente movimento de assassinatos em massa: “O mundo não pode seguir assistindo ao maior genocídio da história”, exortam, alertando ainda que a máquina genocida israelense é pior do que o nazismo, por ser nuclear e “ameaçar o fim da existência humana”.

Em caráter de urgência, a federação palestina encerra a declaração pedindo ao Brasil e ao mundo que se unam em uma força internacional de paz, e aponta que apenas a força bélica será capaz de frear o massacre em curso: “Precisa ser agora, antes que seja tarde demais”.

Confira a declaração na íntegra:

A humanidade precisa parar “israel” como parou o nazismo: pelas armas

Nota Pública
26/05/2024

Os horrores testemunhados pela humanidade hoje, em Rafah, extremidade sul de Gaza, um sexto de seu minúsculo território, onde se acumulam mais de 2 milhões de palestinos em tendas, devido a mais ataques indiscriminados de “israel”, com dezenas de carbonizados, quase todos crianças e mulheres, são desafio à raça humana maior que foi o nazismo. Se é assim, “israel” e o sionismo, ideologia supremacista idêntica ao nazismo e demais supremacismos coloniais, devem ser parados pela força das armas, como foi parada a Alemanha nazista.

Já são, considerando desaparecidos sob os escombros, mais de 46 mil civis palestinos exterminados em 233 dias, mais de 2% da população de Gaza. Seriam mais de 4 milhões no Brasil e mais de 15 milhões na Europa, no espaço da segunda guerra mundial. As crianças assassinadas já passam de 20 mil, 45% do total de assassinados. São mais de 9 mil por milhão, superando as 2.800 por milhão mortas no período nazista, em 6 anos. As mulheres assassinadas já passam de 11 mil, 25% do total de exterminados, com pelo mil mortas grávidas. São as maiores matanças de crianças e mulheres da história!

A destruição de Gaza já passa dos 80%, superando a das cidades mais arrasadas na segunda Guerra Mundial. Detalhe: em Gaza em 233 dias, contra 6 anos no período nazista.

Todos os lugares definos por “israel” como seguros foram atacados e milhares dos que neles estavam abrigados perderam suas vidas. “israel” perseguiu os palestinos em todos os seus abrigos para assassiná-los em massa.

Os assassinatos de médicos, jornalistas, funcionários da ONU, da defesa civil e de ONGs humanitárias não têm paralelo na história das guerras e dos genocídios.

Os feridos já se aproximam de 90 mil, quase todos graves e mutilados, padecendo para morrer porque todos os hospitais foram destruídos e não há medicamentos, água ou comida. A fome já foi tornada arma de guerra e mata centenas, especialmente crianças e mulheres, além dos doentes e anciãos.

A ordem para parar o genocídio emitida pela Corte Internacional de Justiça em 26 de janeiro ainda não foi obedecida, tal qual a de cessar-fogo do Conselho de Segurança da ONU. Desde estas ordens, mais de 20 mil palestinos foram exterminados.

O mundo declarou guerra à Alemanha nazista ainda em 1939, quando a máquina nazista fizera muito menos do que “israel” promove desde 7 de outubro na Palestina. O mundo não pode seguir assistindo calado ao maior genocídio da história.

Passou da hora da humanidade frear a máquina genocida de “israel”, que é pior que a nazista também por ser nuclear, isto é, ameaçar o fim da existência humana.

“israel” e seu genocídio só serão parados pela humanidade pegando em armas. Foi assim que o nazismo foi parado; será assim com o regime supremacista e genocida de “israel”.

Clamamos ao Brasil e ao mundo que parem o extermínio do povo palestino. Que seja construída uma força internacional de paz, com força bélica suficiente para colocar freio à máquina assassina de “israel”. Para impor imediato cessar-fogo. Para encarcerar todos os implicados no genocídio palestino.

Precisa ser agora, antes que seja tarde demais, com “israel” tendo alcançado seu único objetivo, perseguido pelo sionismo desde 1897, quando do 1° Congresso Sionista, e desde dezembro de 1947, quando fascistas sionistas armados iniciam a limpeza étnica da Palestina, a maior da história.

Basta! A humanidade precisa parar “israel” como parou o nazismo: pelas armas

Palestina Livre do genocídio e do apartheid a partir do Brasil, 26 de maio de 2024, 77° ano da Nakba.


As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul do Global.

Guilherme Ribeiro Jornalista graduado pela Unesp, estudante de Banco de Dados pela Fatec e colaborador na Revista Diálogos do Sul.

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