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Oscar Bravo Fong*
Em meio a refrescante ambiente musical e com a presença de dezenas de moradores do povoado de Catete, representações diplomáticas de diversos países, entre elas Cuba, recordaram ao poeta guerrilheiro Agostinho Neto, primeiro presidente de Angola libertada do colonialismo (1975-1979).
No encontro multicultural realizado na sede do Centro Cultural Agostinho Neto, na província de Bengo, países como Mali, Moçambique e Gabão, entre outros, apresentaram pratos típicos de culinária nativa, vestimentas e elementos próprios de suas culturas.
Enquanto isso, equipe de médicos cubanos oferecia consultas gratuitas aos moradores. O stand de Cuba estava muito animado com seus mojitos, leitão assado entre outras iniciativas.
Exposição iconográfica mostrava imagens de Agostinho Neto e cenas que destacam a amizade entre os povos de Cuba e Angola.
Maria Eugenia Neto, viúva do presidente, disse que a presença do corpo diplomático em setembro de cada ano se transformou em sentida homenagem ao patriota que no dia 17 de setembro completaria 91 anos, dia em que Angola celebra o Dia do Herói Nacional. É um tributo à memoria do ídolo de Icolo e Bengo, que sofreu várias injustas prisões por seus ideais independentistas e aos que caíram na luta de libertação nacional, asseverou.
As atividades culturais, políticas e sociais na semana do Dia do Herói são importantes no empenho para difundir o legado patriótico de Neto que lutou não só pela libertação de seu povo, mas também do continente africano e do mundo, disse Maria Eugenia Neto que também é presidente da Fundação Agostinho Neto.
Ressaltou também a importância da presença de Cuba lembrando que este país deu uma mão solidária a Angola os momentos mais difíceis da luta armada e prossegue hoje com o trabalho de mais de quatro mil colaboradores em ramos como da saúde e educação.
Por sua vez, Francisco Makiesse, diretor do Centro Cultural Agostinho Neto, moderno edifício de vários andares, manifestou que a instituição guarda mais de mil fotos relacionadas com a vida e obra de Neto, que além de poeta era médico e dirigente do MPLA. “Ali se pode ver imagens da infância do líder independentista e sua vida em família ou com estadistas e o povo angolano, disse e acrescentou que no local também se desenvolve projetos culturais para crianças e jovens.
Os angolano recordamos com admiração a Agostinho Neto, grande intelectual e político, persistente em sua luta e ideais a serviço dos humildes, disse Amarildo da Conceição, assessor da Fundação Agostinho Neto. Acrescentou que um dos maiores legados de Neto, que com seus ideais ilumina o futuro, foi sua contribuição como líder revolucionário à conquista da independência total de Angola, o resgate dos valores de angolanidade e a conquista da paz.
Durante este mês, em Angola, se desenvolve múltiplas atividades culturais, entre elas, a exposição Agostinho Neto e sua Família, na Praça Central de Eventos de Belas Shopping, na capital angolana. Também estão programados atos nas 18 províncias, e a realização do Festineto, que inclui o recolhimento voluntário de documentos relacionados com o estadista e pai fundador da nação angolana com vistas a preservar sua memória.
Nesse mês de comemorações o partido Movimento Popular para a Libertação de Angola exorta a nação a honrar as ideias de Neto, promovendo a coesão nacional e o bem-estar dos angolanos.
*Prensa Latina de Luanda para Diálogos do Sul