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Fim da longa noite britânica: adeus ao império construído sobre sangue, saques e invasões

Somos neocolônia e esta justificativa é cômoda, mas não deixa de ser vergonhosa; está na hora de deixar de sê-lo
Enrique Box
Diálogos do Sul Global
Buenos Aires

Tradução:

O império britânico estendeu-se no mundo em uma época em que não se sabia o que havia exatamente atrás do horizonte e enganar para dominar era muito simples. Os livros eram escassos, caros, muito caros… saber ler e escrever era um privilégio e os meios de comunicação não existiam.

Os britânicos surgiram da junção de tribos que viviam do roubo a qualquer preço e esta indolência quase genética permitiu-lhes chegar muito longe, navegando em sangues de diferentes continentes.

Se EUA querem acabar com narcotráfico, devem invadir Wall Street, não o México

Muitos atribuem seu enorme desenvolvimento à “revolução industrial”, mas realmente o que desempenhou um papel decisivo foi a chegada dos banqueiros venezianos da Holanda (na internet há muito material a respeito, para quem queira ampliar seu conhecimento).

Os venezianos eram (são) mais perigosos que as feras delinquentes britânicas e essa sociedade prosperou provocando guerras entre outras nações (quando não havia conflito, inventavam) financiando ambas e usando o negócio das drogas para fortalecer suas finanças.

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Sim, os donos do negócio das drogas são os bancos. O resto da máquina delinquente são só temperinhos. Ponham “guerra do ópio” no buscador e encontrarão a ponta do novelo. Também busquem o que é realmente a “City de Londres” e se surpreenderão. 

Somos neocolônia e esta justificativa é cômoda, mas não deixa de ser vergonhosa; está na hora de deixar de sê-lo

A Ásia eclodiu, a África se recupera… e nós aqui… cantando o refrão “ta te ti, sorte para mim, se não é para ti será para mim, ta te ti…"

Companhia das Índias

Talvez o empenho na “Companhia das Índias” os levou a distrairem-se da América, perdendo os EUA, mas logo, no começo do século XX (24 de dezembro de 1913) recapturaram financeiramente o país, com a instauração da Reserva Federal. Um verdadeiro estado estrangeiro dentro dos EUA, em um finíssimo golpe de estado com luvas de pelica.

Desde então e até hoje, todo tipo de selvagerias foram cometidas por estes perversos, que utilizam os EUA como seu braço robótico dirigido por controle remoto.

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A saber: invasões, genocídios, mega estafas programadas disfarçadas de crises, guerras mundiais, golpes de estado, atentados de falsa bandeira, atentados bacteriológicos, sabotagens, operações financeiras (FMI), transculturação dos povos, fomes, infiltrações em partidos políticos, movimentos sociais e poderes judiciários, legislativos e executivos, além da fragmentação transversal de todas as expressões sociais com a engenharia social britânica do Instituto “Tavistock de Londres” e George Soros como último braço executor.

Mas neste primeiro quartel do século XXI, as coisas mudaram muito. Hoje os livros já não se usam e se sabe muito bem o que há do outro lado do horizonte, debaixo da terra e além da galáxia. O conhecimento é barato pela internet, todos sabemos ler e os meios de comunicação, que eles monopolizam, estão nos estertores da credibilidade.

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Ocorreu-lhes “socializar” a especulação financeira, escapou de suas mãos e hoje o sistema está implodindo. Já todos sabem (Parágrafo da canção “Caradura”, de Palito Ortega) que não são “a humanidade” como querem nos fazer crer.

“oXidente”

O chamado “oXidente” (com “X” de óXido) não passa de 10% do total da humanidade.

Neste ponto, devo esclarecer que nós, os “sudacas” ou “chicanos”, não somos “oXidente”. Isto é, somos um pouco e, de segunda, quando necessitam do “quintal”. Nos põem de anãozinho de jardim e depois nos devolvem ao galpão do fundo, sem dizer “Thanks”.

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Ou seja: esse anglo-europeísmo que se auto-erige narcisísticamente como “a humanidade”… é o que um tumor é para o corpo, grandinho, já que corresponde a 10%, mas uma verdadeira farsa carnavalesca, daninha e purulenta.

A Ásia eclodiu, a África se recupera… e nós aqui… cantando o refrão “ta te ti, sorte para mim, se não é para ti será para mim, ta te ti…”, e continuamos cantando até que nos “convenha” parar para escolher.

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É verdade, somos neocolônia e esta justificativa é cômoda, mas não deixa de ser vergonhosa. Está na hora de deixar de sê-lo.

Enrique Box, o Ovelho Negro | Colaborador da Diálogos do Sul.
Tradução: Ana Corbisier.


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

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