Nada parecido com o liberalismo econômico dos dias de hoje. Os liberais lutavam contra o absolutismo e por um Estado democrático, participativo.
Essa luta ameaçava a hegemonia dos grandes latifundiários escravistas.
A República Velha e a Revolução de 30
O 15 de novembro instaurou a República que ficou conhecida como Velha. Não por idade, já que durou apenas 40 anos, mas por ser retrógrada e conservadora.
Também foi conhecida como a República do Café com Leite, pois o poder alternava-se entre as oligarquias de Minas Gerais e São Paulo.
Esse poder se mantinha pela força das armas e pela ignorância do povo.
A Revolução de 1930 aproveitou a ruptura do pacto mineiro-paulista no contexto da crise econômica mundial de 1929.
Com apoio dos liberais do Sul, do Nordeste e de mineiros descontentes, rompeu-se a institucionalidade.
O maior feito dos revolucionários de 1930 foi espalhar escolas pelo país e criar a infraestrutura necessária para iniciar um ciclo de desenvolvimento baseado na industrialização.
Já o maior feito da restauração oligárquica foi fechar escolas, impor uma má educação e desindustrializar.
Velha e Nova República: forças que atravessam o século
A Nova República também nasce e se impõe pela força das armas.
A contradição entre a Velha e a Nova República influenciou o destino do país durante todo o século 20, chegando ao século 21 disfarçada de modernidade e tecnologia de ponta.
O avanço ocorreu nos períodos de hegemonia do Novo, mas nunca demorava para que o Velho recuperasse seus espaços, sustentado pela servidão intelectual.
A entrada no século 21 assemelha-se à chegada de D. João VI, em 1808.
Se não, vejamos: abrem-se os portos para a potência hegemônica, proíbe-se a manufatura e a indústria no país, ocupam-se as terras dos indígenas, exportam-se minérios, compram-se trilhos, exporta-se soja, compra-se feijão.
É proibido pensar! Imprensa: só a régia, do pensamento único. Liberais? Cadeia para eles.
Hoje, porém, o que impera é a ditadura do capital financeiro, autodenominado liberalismo econômico.