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Governo de Honduras promove onda de prisões e assassinatos de lideranças sociais

No marco do 5° aniversário do assassinato de Beta Cárceres, país continua a repreender ações de movimentos e organizações de direitos humanos
Beatriz Contelli
Diálogos do Sul
São Paulo (SP)

Tradução:

Marianela Mejía Solórzano e Jennifer Mejía são conhecidas pelo ativismo em defesa da comunidade garífuna LGBTQIA+ e pela retomada dos territórios roubados dos povos nativos. prisões honduras, 

A prisão das militantes é mais um exemplo da perseguição governamental aos movimentos sociais. A coordenação da OFRANEH condenou a ação e reforçou que a organização continuará lutando, “não somos delinquentes, somos defensoras”. 

Não é de hoje que a violência contra os direitos humanos recai em Honduras. Como quem nada vê, o Estado hondurenho recebeu diversas denúncias de ameaças, assassinatos, sequestros e ações repreensíveis de empresas estrangeiras, latifundiários e da própria polícia nacional. 

Prova de que o país que não aprendeu com os erros do passado, a atual onda de perseguição em Honduras se instaura cinco anos depois do assassinato de Berta Cáceres, líder indígena, ativista ambiental e coordenadora do Conselho Cívico de Organizações Populares e Indígenas de Honduras (COPINH). 

No marco do 5° aniversário do assassinato de Beta Cárceres, país continua a repreender ações de movimentos e organizações de direitos humanos

Reprodução Twitter
Não é de hoje que a violência contra os direitos humanos recai em Honduras.

A história se repete

Os garífunas são um povo formado pela miscigenação de indígenas com africanos que há muito sofrem ataques sistemáticos, além da violação de seus direitos, em que precisam enfrentar a invasão do modelo neoliberal e privatizante em suas terras historicamente conquistadas. 

Assim como os garífunas, Berta Cáceres foi intimidada, teve sua militância criminalizada e ainda enfrentou violência das forças nacionais de segurança de Honduras e de representantes de empresas interessadas em destruir territórios sagrados para as comunidades indígenas. 

Só dois anos depois de seu assassinato, sete pessoas foram condenadas por participarem da morte da líder social. No entanto, familiares e membros do COPINH consideram que estes foram cinco anos de impunidade e injustiça, uma vez que setores políticos e econômicos ainda tentam roubar o que é de direito do povo. 

Beatriz Contelli é estudante de jornalismo e colabora com a revista Diálogos do Sul


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

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