A Argentina passou boa parte da manhã de domingo (16) sem luz, após uma falha no sistema elétrico que gerou um apagão, que atingiu grande parte das zonas norte e central do país, boa parte do Uruguai e até mesmo algumas regiões do Chile e de Sul do Brasil. Segundo estimativas, o corte chegou a afetar cerca de 48 milhões de pessoas no Cone Sul.
As empresas distribuidoras de energia Edenor e Edesur publicaram comunicados em sintonia, nos quais falaram em “falha massiva no sistema de interconexão elétrica”, mas não entraram em maiores detalhes. O corte massivo teria sido causado por um problema de transporte de energia entre as centrais argentinas de Yacyretá e Salto Grande.
A situação voltou a colocar a gestão do presidente Mauricio Macri em cheque: segundo o jornal argentino Página/12, a Casa Rosada recebeu um alerta sobre problemas identificados no sistema elétrico, mas não tomou maiores medidas a respeito, até que o efeito dominó atingisse quase todas as centrais do país. O próprio Macri só comentou a situação 7 horas depois de acontecido o apagão, quando já se anunciava o retorno da luz em algumas zonas do país, situação que foi bastante criticada nas redes sociais.
Revista Fórum
Cidades argentinas amanheceram sem luz neste domingo
Perlo lado da oposição, o presidenciável da frente peronista-kirchnerista, Alberto Fernández, alfinetou o presidente, lembrando que “há exatos seis dias, ele se gabava de `exportar energia´”. O argumento macrista era para justificar os constantes aumentos nas tarifas da luz, que já somam de mais de 2000% desde a chegada de Macri ao poder, permitindo ao seu opositor concluir que “essa política que favorece o lucro empresarial tampouco criou um sistema melhor e mais seguro, pelo contrário, produziu o maior apagão da nossa história”.
Com informações do Página/12.
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