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Guerra do Paraguay: Arquivos precisam ser devolvidos aos paraguayos

Revista Diálogos do Sul

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Revista Diálogos do Sul. Logo CapaDiálogos do Sul, assume a promoção da campanha Memória do Mundo por entender que nada nem ninguém justifica que o governo brasileiro ainda não tenha devolvido esses documentos aos seus legítimos donos, o povo paraguaio, que por ato de violência está privado de sua própria história.

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Ou mande uma mensagem para rv.dialogosdosul@gmail.com com o título DIREITO À MEMÓRIA!

Martín Almada*

Martín Almada Perfil Diálogos Do SulNo dia 11 de setembro, Martín Almada enviou carta a Luiz Duboc Pineaud presidente da Casa de América Latina do Rio de Janeiro em que pede que lidere campanha para que se torne público o Arquivo Histórico do Paraguai, sacado durante a guerra de 1870 e que estão no Rio de Janeiro.

Na carta Martín Almada agradece o Prêmio Abreu de Lima que lhe foi outorgado por essa instituição em reconhecimento pelo trabalho que realiza em defesa dos Direitos Humanos na América Latina.

300px-Escenas_de_la_Guerra_de_la_Triple_AlianzaAo receber o Prêmio, manifestou que “para avançar na integração latino-americana temos que remover os obstáculos históricos. Para isso temos que abrir as portas do passado e revisar sobre tudo o papel desempenhado pelo império de turno, Inglaterra (1865-1870) para destruir o auge do desenvolvimento econômico independente no Paraguai.

Sabemos que não segredo algum que o tempo não revele. Por isso solicitamos que Casa de América Latina promovo uma campanha para que o Arquivo Histórico de Paraguai, situado no Palácio de Itamaraty, Rio de Janeiro, seja declarado pela Unesco como Memória do Mundo e seja colocado à livre disposição dos cientistas sociais do mundo.

É também uma forma de render homenagem ao prócer latino-americano José Ignacio Abreu e Lima, primeiro militar brasileiro bolivariano (1794-1869). Abreu e Lima foi um dos generais do libertador Simón Bolívar nas guerras de independência da Grã Colômbia. Já não é tempo de impérios nem de colônias, é tempo de povo e dignidade. Em continuidade está a história desse botim de guerra. Cumprimento-o com minha mais alta e distinta consideração.

Breve história da guerra – consequências

O visconde de Rio Branco, José da Silva Paranhos, em 1870 se apoderou do imenso tesouro dos Arquivos Nacionais do Paraguai que, depois de sua morte, doou para a Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. O catálogo da coleção Rio Branco, que contém os arquivos públicos do Paraguai, tomados no final da guerra, é composto por mil páginas divididas em dois volumes. A coleção consta de cinquenta mil documentos sobre a história primitiva do Paraguai, a infiltração portuguesa, as questões dos limites e as datas e os fatos sobre a história  do Rio da Prata. Contém também a ata de Fundação da Cidade de Assunção em 1537; todos os arquivos das Missões Jesuíticas – únicas no mundo – com as primeiras cartas geográficas do Paraguai, estabelecida antes de 1800 pelo célebre geografo espanhol Félix de Azara.

Ao enviar o valioso material para o Rio de Janeiro, o conde D’Eu (francês) afirmou que esse material tinha sido apreendido no combate de Piribebuy, em 1868, uma das sedes governamentais de Solano López em sua retirada para as “Cordilheiras”, não obstante, a maior parte da “Coleção Visconde do Rio Branco “ foi retirada do Arquivo Nacional de Assunção.

Os 50 mil documentos estão devidamente catalogados na “Coleção Visconde do Rio Branco” em 5.122 fichas, algumas contendo dezenas de manuscritos. Noventa e cinco por cento dos documentos datam dos séculos XVI ao XIX e não mencionam, em absoluto, quaisquer preparativos de guerra contra o Brasil.

Os documentos do arquivo também contém provas da colonização do Paraguai, das lutas por sua independência, de suas questões religiosas e indígenas, da demarcação de fronteiras, de problemas de navegação, correspondência particular entre ministros de Estado e embaixadores, em uma palavra, assuntos eminentemente paraguaios, como ordens, decretos e leis de vários governos, inclusive do ditador Francia, manifestos de protestos contra o Rei Fernando VII de Espanha, convênios com a Argentina, Uruguai e Brasil, tratados comerciais, etc.

Considero que a Unesco pode fazer com que as autoridades brasileiras entendam sobre a necessidade de devolver as peças documentais que não lhe pertencem e das que se apropriaram ilegitimamente e dessa maneira restaurar a paz social e moral que deve reinar entre todos os povos vizinhos que fortalecerá sem duvida alguma o funcionamento do Mersosul, Unasul, Celac, etc. Ficaremos muito agradecidos à Casa de América Latina do Rio de Janeiro se apoiar esta iniciativa cidadã que permitirá cicatrizar uma das feridas mais grandes ainda abertas no coração de todos os paraguaios.

* Martín Almada, Prêmio Nobel Alternativo da Paz e membro do Comitê Executivo da Associação Americana de Juristas, é colaborador de Diálogos do Sul.

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Espaço e Revista Diálogos do Sul

Entidades

CBC – Congresso Brasileiro de Cinema – Brasil

CREC – Centro RioClarense de Estudos Cinematográficos – Rio Claro, São Paulo, Brasil

Associação de Difusão Cultural de Atibaia – Difusão Cineclube – Atibaia, São Paulo, Brasil

Observatório Cineclubista – Atibaia, São Paulo, Brasil

 

Personalidades e pessoas físicas

Martín Amada, Prêmio Nobel Alternativo da Paz e membro do Comitê Executivo da Associação Americana de Juristas;

Paulo Cannabrava Filho, jornalista e historiador, Brasil;

João Baptista Pimentel Neto, jornalista e produtor cultural, Brasil;

Beatriz Bissio,

Beatriz Cannabrava,

Rosemberg Cariry

Augusto Moutinho Miranda

Carlos Sáenz

Adriana Bertini

Paulo Tavares Mariante

Calebe Augusto Pimentel,

Adriana Unica L

Nádia Cortez Brasil

 

 

Saiba+ sobre a Guerra do Paraguay.


As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul do Global.

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