O executivo como um todo também continuou a perder apoio, pela forma como está administrando a crise de saúde, que caiu 23 pontos percentuais em seis semanas para 35%.
O país está realizando uma campanha de vacinação em massa, na qual quase sete milhões e meio dos 15 milhões de pessoas consideradas população-alvo já receberam pelo menos a primeira dose.
Mas os indicadores sobre a situação do Covid-19 também pioraram, o que muitos especialistas atribuem ao relaxamento causado pelo próprio governo às medidas de saúde para caminharem para a normalidade, especialmente durante o período de férias de janeiro e fevereiro e cujos resultados estão sendo vistos agora.
S. Rodriguez
A aprovação do presidente Sebastián Piñera despencou na última semana arrastada pela situação crítica no Chile.
Na semana passada foram apurados registros quase diários de novas infecções que ultrapassavam nove mil na sexta-feira (9), de pacientes ativos e internações em unidades de terapia intensiva com a saturação da capacidade dos hospitais e elevado número de óbitos, o que levou o Ministério da Saúde a se qualificar como crítica a situação.
Isso reacendeu críticas em amplos setores e até cinco candidatos presidenciais da oposição assinaram um comunicado no qual apontavam que tais números “são catastróficos, mostram o evidente e imenso fracasso deste governo em lidar com a pandemia” pelo que descreveram como “inação irresponsável“.
Os presidentes de 15 partidos e movimentos de oposição e os dirigentes de 18 sindicatos da área da saúde falaram no mesmo tom no fim de semana.
Eles assinaram uma declaração pública em que responsabilizavam o governo por “suas ações erráticas e contraditórias“.
Também lhe mostram uma atitude triunfalista baseada no avanço do processo de vacinação, mas negligente com as demais estratégias de contenção da saúde.
As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul
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