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Invasão na embaixada da Venezuela é reflexo do avanço do neofascismo na América Latina

O centro político acabou e isso durará muitos e muitos anos, estamos numa era revolucionária e contra-revolucionária e ela está apenas começando
Carlos Eduardo Martins
Diálogos do Sul Global
São Paulo (SP)

Tradução:

Está em curso na América Latina a formação de um bloco histórico neofascista-neoliberal, financiado pelo imperialismo estadunidense, que tem como objetivo destruir os direitos civis e políticos dos trabalhadores, nossa soberania, perseguir e exterminar as esquerdas e impor, para os pobres, o trabalho em situação análoga à escravidão.

A era neoliberal não tem mais nem mesmo uma brisa ilusão a oferecer ao nosso povo, por isso lhe entrega o ódio como ópio e referência fictícia de saciedade.

Ela passa a se assentar na repressão militar e paramilitar, na chantagem e na mobilização de uma base social de classes médias fascistas, cujo principal objetivo é destruir e impor a barbárie e a indisciplina social.

O centro político acabou e isso durará muitos e muitos anos, estamos numa era revolucionária e contra-revolucionária e ela está apenas começando

Rede Brasil Atual
Do lado de fora da Embaixada da Venezuela, resistência democrática aguardava expulsão dos invasores

O golpe contra Evo/Alvaro, a tentativa de depor Maduro, a invasão da Embaixada da Venezuela no Brasil, o golpe contra Dilma, a obsessão em prender Lula, o uso das prisões preventivas como instrumento de tortura pela Lava-Jato fazem parte do mesmo processo sinérgico e articulado!!! 

O centro político acabou na América Latina e isso durará muitos e muitos anos. O tempo histórico se acelera rapidamente e nada será como foi entre 1985-2014. Estamos numa era revolucionária e contra-revolucionária e ela está apenas começando.   

É hora de unidade e radicalidade e a esquerda terá que provar na prática o valor das palavras companheiro/camarada como um novo modo de sociabilidade!

*Carlos Eduardo Martins, colaborador da Diálogos do Sul

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As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul do Global.

Carlos Eduardo Martins

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