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Invencível: Rússia dispara míssil hipersônico a partir de submarinos nuclear em imersão

Míssil reforça a posição negociadora de Moscou nas conversações sobre “estabilidade estratégica” que mantém com Washington
Juan Pablo Duch
La Jornada
Moscou

Tradução:

Todo um êxito resultou o primeiro lançamento do míssil supersônico de cruzeiro Zirkon, a partir de um submarino nuclear em imersão, a quarenta metros de profundidade, informou o ministério da Defesa da Rússia em um breve comunicado difundido pelo seu canal de notícias na rede social Telegram. 

De acordo com este, o míssil saiu do mar Branco e, como estava previsto, deu no alvo no mar de Barents, no norte do país..

Esta prova era esperada com muito interesse devido a que todos os lançamentos anteriores — a partir da atual fase experimental que começou em 2020, cinco em total, quatro desde barcos de guerra e um a mais, no domingo anterior, a partir do mesmo submarino mas sem submergir-se — se fizeram sobre o mar. 

E se comprovou na prática a aposta que fizeram seus criadores desde antes de receber luz verde para seu projeto: é factível realizar o lançamento de mísseis hipersônicos a partir de submarinos em imersão. 

Míssil reforça a posição negociadora de Moscou nas conversações sobre “estabilidade estratégica” que mantém com Washington

Reprodução
Rússia realizou com êxito o primeiro lançamento do míssil supersônico de cruzeiro Zirkon a partir de um submarino nuclear em imersão.

Esta característica torna diferente o Zirkon, dizem os especialistas militares, ao agregar à sua assombrosa velocidade o fator surpresa no momento de disparar, porquanto o míssil sai debaixo d’água e pode elevar-se mais alto e mais rápido que qualquer foguete interceptador dos que existem atualmente.

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Se não houver surpresas — nas palavras de Aleksei Krivoruchko, vice-ministro de Defesa — este ano concluirão as provas do Zirkon e sua produção em série começará em 2022, tanto para barcos de guerra como para submarinos.

Este míssil hipersônico, da mesma forma que as outras novas armas que o presidente Vladimir Putin qualificou de “invencíveis” ao anunciar que a Rússia se dispunha a incorporá-las ao seu arsenal, reforça a posição negociadora de Moscou nas conversações sobre “estabilidade estratégica” que mantém com Washington.

Tradução: Beatriz Cannabrava


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

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Juan Pablo Duch Correspondente do La Jornada em Moscou.

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