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Irã: Não vamos negociar pacto nuclear sob ameaças e chantagens dos EUA

Teerã lembra que, enquanto cumpriu acordos estipulados em 2015, Washington violou o convênio, assim como países europeus
Redação Prensa Latina

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O governo iraniano reiterou nesta segunda-feira (5) aos Estados Unidos que sua posição em relação ao pacto nuclear está definida e que não cederá a pressões e chantagens para renegociar o Plano Integral de Ação Conjunta (PIAC).

Em declarações à imprensa, o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores, Nasser Kanani, afirmou: “os funcionários estadunidenses sabem que o Irã não está disposto a negociar e fazer concessões sob pressão e ameaças; o acordo tem sua própria lógica e a posição quanto ao PIAC é completamente clara”.

Denunciou também que Teerã cumpriu o estipulado no pacto enquanto Washington violou o convênio.

O porta-voz da chancelaria disse ainda que os países europeus membros do tratado tampouco cumpriram suas promessas, nem puderam compensar a saída unilateral dos Estados Unidos.

Apesar de tudo, enfatizou, a República Islâmica continua comprometida com o processo de diálogo e tem como objetivo obter a implementação completa do tratado.
Kanani aconselhou a Europa a não se render à Casa Branca, negociar e buscar uma solução no menor prazo possível.

Depois de mais de uma década de tensões, em 14 de julho de 2015, o Irã assinou um acordo com os Estados Unidos com a participação de China, França, Alemanha, Rússia, Reino Unido e a União Europeia, no qual se comprometia a reduzir a produção de urânio; em troca, seriam suspensas as medidas coercitivas impostas contra esta nação.

Mas em maio de 2018, o então presidente estadunidense Donald Trump se retirou de forma unilateral, lançou por terra o que fora alcançado e impôs novas sanções contra a nação persa.

Desde abril de 2021, o Governo iraniano dialoga de forma indireta com os implicados sobre a restauração do acordo, enquanto o Ocidente intensifica suas medidas punitivas contra esta nação.

Redação | Prensa Latina
Tradução: Ana Corbisier


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

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