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Israel já matou 143 palestinos em 2023, frente à impunidade e ao silêncio de várias potências

Consequência de 75 anos de criminalidade, o número total de refugiados palestinos chegou em 2020 a 6,4 milhões
Redação Prensa Latina
Prensa Latina
Líbano

Tradução:

Incêndio de cultivos, confisco de terras, destruição de propiedades, restrição de movimento, roubo de identidade cultural, bombardeio e ataques reforçam a persistente violação do Estado de Israel contra os direitos do povo palestino a mais de sete décadas de ocupação.

Depois de cinco dias de agressão na Faixa de Gaza, o ente sionista continuou com seus crimes e a nova campanha de incursões, redadas e assaltos deixou um saldo de 33 mortos e mais de 150 feridos, incluindo crianças e mulheres.

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Paralelamente a estas ações, os grupos palestinas consolidaram a equação e seus mísseis dirigidos aos assentamentos ocupados em Tel Aviv, em conjunto com uma mediação egípcia, obrigaram o inimigo a deter a escalada militar contra Gaza.

A batalha denominada “Vingança dos Livres” reafirmou no terreno a entrega, firmeza e capacidade de resposta dos grupos de resistência diante das forças israelenses. Dentro dos acampamentos e nas diferentes localidades, jovens e combatentes não poupam sacrifícios para enfrentar cada invasão armada.

Cannabrava | Palestina vive estrangulada por Israel, mas está viva e luta pela libertação

Em declarações ao Orbe, o primeiro responsável da Frente Popular para a Libertação da Palestina no Líbano, Marwan Abdel Aal, chamou a cada consciência viva e livre do mundo a defender esta causa justa e rejeitar a tirania israelense.

Para ele, nenhum palestino em qualquer parte sente que pertence ao lugar onde reside, ainda que possua a nacionalidade, “sempre sonha em retornar, conserva na memória os detalhes de sua terra, mesmo aqueles que nunca a conheceram”.

Neste cenário, o presidente Mahmoud Abbas elevou a voz nas Nações Unidas para exigir o direito de seu povo à autodeterminação, à independência, e o retorno dos refugiados.


Nakba

Pela primeira vez, o organismo multilateral dedicou uma jornada para comemorar a catástrofe da Nakba (deslocamento forçado dos palestinos em 1948); nesse contexto, Abbas pediu a suspensão de Israel como membro, ou obrigá-lo a implementar as resoluções aprovadas e a cumprir as obrigações como qualquer outro integrante da ONU.

Como consequência destes anos de criminalidade, o número total de refugiados palestinos chegou em 2020 a 6,4 milhões, dos quais cerca de dois milhões na Cisjordânia e na Faixa de Gaza; além de 10 milhões em acampamentos na Jordânia, nove na Síria e 12 no Líbano.

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A cifra de mortos devido aos incessantes ataques israelenses chegou a cerca de 100 mil com mais de 10 mil feridos desde 1948; enquanto os detidos chegaram a 4.900 até abril deste ano; entre eles, 160 crianças e 31 mulheres.

Para a maioria dos palestinos, o processo de colonização continua e, neste sentido, os grupos da resistência junto ao povo lutam por sua libertação definitiva frente à impunidade israelense e ao silêncio de muitos Estados da comunidade internacional.

Consequência de 75 anos de criminalidade, o número total de refugiados palestinos chegou em 2020 a 6,4 milhões

Prensa Latina
Autoridades israelenses retêm os corpos de pelo menos 133 palestinos mortos em prisões, alguns desde 2016




Mais de 140 palestinos mortos por forças israelenses em 2023

A Oficina de Coordenação de Assuntos Humanitários das Nações Unidas (OCHA) confirmou, no último dia 20, 141 palestinos mortos pelas mãos de forças israelenses em Gaza e Cisjordânia em 2023.

Um total de 33 mortes, inclusive seis crianças e quatro mulheres, foi o saldo da agressão israelense à Faixa de Gaza na semana passada; e 108 mortos na Cisjordânia e Jerusalém Leste.

O informe quinzenal de Proteção de Civis que cobre as duas primeiras semanas deste mes indicou que em consequência do bombardeio e das redadas da ocupação no enclave costeiro, 190 palestinos ficaram feridos, entre eles 64 crianças e 38 mulheres.

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Até agora, as autoridades israelenses retêm os corpos de pelo menos 133 palestinos mortos em prisões, alguns desde 2016.

Devido às operações de segurança e aos assaltos dos agentes uniformizados a acampamentos em Nablus e Jenin, 236 palestinos ficaram lesionados e mais de 50 alunos receberam tratamento médico depois de inalar gases lacrimogêneos disparados pelos militares sionistas.

Até 15 de maio último, 688 palestinos, dos quais cerca de 72 crianças, foram feridos pelas forças israelenses na Cisjordânia; dos quais 54 receberam disparos com munição real.

Neste contexto, os colonos provocaram lesões em cinco palestinos, danificaram propriedades em outros 28 casos e destruiram mais de 870 árvores na mencionada cidade ocupada.

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De acordo com OCHA, além de causar vítimas mortais, o ente ocupante demoliu, confiscou ou obrigou as pessoas a destruirem 42 estruturas em Jerusalém Leste e na Área C da Cisjordânia, inclusive 17 residências.

O regime de Tel Aviv deslocou 50 palestinos, entre eles 23 crianças, e afetou os meios de subsistência de mais 600 habitantes.

As Nações Unidas enfatizaram que as demolições punitivas do regime israelense constituem uma forma de castigo coletivo e, como tal, são ilegais segundo o direito internacional.

Redação | Prensa Latina
Tradução: Ana Corbisier


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

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