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Jorge Sanjinés abre Escola Andina de Cinema

Cinemateca Diálogos do Sul

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As aulas serão ministradas por professores como Antônio Eguino, Paolo Agazzi, Mela Márquez e Sérgio Calero, em La Paz. Haverá um curso regular e oficinas periódicas.

FundacionGrupoUkamauO premiado diretor Jorge Sanjinés abrirá a Escola Andina de Cinematografia em La Paz, criada para cobrir as necessidades de educação, produção e desenvolvimento do audiovisual na Bolívia. O mestre oferecerá em maio a oficina internacional de roteiro, com duração de duas semanas.
“A escola é um projeto que sempre esteve no coração do grupo Ukamau”, esclarece Juan Pablo Ávila, coordenador acadêmico do centro de ensino. Informou também que esse espaço de formação está sendo reaberto depois de mais de dez anos.
As aulas transcorrerão no imóvel da Fundação Ukamau, na calle Sanahuja, 651, há poucos passos da praça Riosinho.
Ávila esclarece que este 2017 é momento preciso para reabrir a Escola de Cinema porque depois não será mais possível reunir a todos os mestres do cinema boliviano. Entre os cineastas que ofereceram cursos e oficinas estão Antonio Eguino, Paolo Agazzi, Mela Márquez, Sergio Calero, Milton Guzmán e César Pérez. Além de Luis Bolívar, Américo Luna e Jorge Altamirano, entre outros.
Segundo Ávila, “cada um dos professores atuará de acordo a uma área específica. É uma oportunidade excepcional de ter juntos os professores e realizadores mais importantes do século XX.
As oficinas com Sanjinés transcorrerão de 19 até 22 de maio e o custo será de 1.400 bolivianos.
jorge-sanjinesSanjinés tem mais de 50 anos a serviço de atividades cinematográficas, produção e exibição com atores nacionais e estrangeiros, e colocou Bolívia num alto patamar da cinematografia mundial. É um dos precursores do Novo Cinema Latino-americano.
Entre seus filmes mais importantes está Yawar Mallku, primeira realização do grupo Ukamau, que foi premiado em Veneza e Valladolid. Em 1989 foi o primeiro diretor boliviano em receber o Concha de Oro em San Sebastián, pelo filme La Nación Clandestina.
Os demais professores oferecerão oficinas de direção, restauração fílmica, fotografia, apreciação cinematográfica entre outros.
Uma das principais apostas da Escola é no curso regular de cinematografia que terá início em 15 de maio e concluirá em novembro com filmagem de quatro curtas e quatro documentários. Tem um custo mensal de 1.600 bolivianos.
O curso regular fará uma revisão completa das áreas da cinematografia. Dará ênfase na ficção e em documentários. Para as inscrições se exigirá uma entrevista prévia com os postulantes.
A Fundação, que se formou com base no grupo Ukamau, tem produzido um cinema comprometido com a realidade social da Bolívia e com a defesa e exaltação da identidade cultural.
Outra das atividades será Diplomação em Roteiro, curso ministrado pela cineasta Verónica Córdoba. Terá início em 10 de junho com aulas aos sábados das 9 às 12 horas.
*Original de Anahí Cazas  / La Paz
 


As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul do Global.

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