NULL
NULL
Mônica Fonseca Severo e Lidyane Ponciano, de La Paz*
A equipe do Comunicasul foi conferir a eficácia e agilidade do serviço. Tivemos a felicidade de constatar que, além da economia de tempo – que é vida – os moradores de El Alto, cidade vizinha a La Paz, economizam recursos e são brindados com uma bela vista. Em alguns momentos, o teleférico passa rente às casas, que se equilibram em uma gigantesca ladeira.
Além da paisagem, em 16 minutos, os passageiros chegam ao topo, passando pelos bairros de Sopocachi e na Zona de San Jorge.
Para José Inácio Salazar, jovem universitário que mora na zona sul, “este meio de transporte é rápido, fácil, cômodo, limpo e muito útil”.
Segundo ele, que estava na mesma cabine que nossa equipe, antes o trajeto era feito no congestionamento intenso e com “buzinaços”. A qualidade de vida melhorou no que diz respeito à rapidez, avalia, salientando: “além disso, é uma inversão que o governo fez nos transportes, com preços acessíveis e tarifas especiais para estudantes”. José disse que o sistema wi-fi que está sendo instalado no teleférico é uma excelente ideia de Evo.
Voltando de El Alto para La Paz, Ximena Mollo, que trabalha como vendedora em uma das diversas feiras da cidade, declarou que o teleférico proporciona um transporte “infinitas” vezes mais rápido e mais barato. “Estou indo me encontrar com meu filho, na universidade que fica próximo de onde se unem as linhas verde e amarela. Antes, para fazer isso, gastava vinte ou vinte e cinco bolivianos. Agora, gasto oito bolivianos e chego mais perto e mais rápido”, frisou.
O sistema de transporte busca solucionar um dos graves problemas enfrentados pelos moradores deste enorme conglomerado humano em que vivem 1,6 milhões de pessoas. Diariamente, 440 mil bolivianos fazem o trajeto entre La Paz e El Alto. O projeto do teleférico prevê a instalação de 3 linhas (duas já inauguradas), que poderão transportar até 3 mil passageiros por hora e sentido . Cada cabine acomoda 08 pessoas (sentadas), o serviço funciona 17 horas por dia e as obras custaram US$ 235 milhões ao Governo Boliviano. A primeira linha inaugurada (vermelha) transportou mais de 3 milhões de passageiros desde junho e arrecadou quase US$ 1,8 milhões nos quatro primeiros meses de funcionamento.
*Colaboradores de Diálogos do Sul