Pesquisar
Pesquisar

Livro "Onde foi que vocês enterraram nossos mortos?" será lançado nesta sexta em SP

Obra, fruto de 26 anos de pesquisa, traz caso de militantes políticos que estavam na Argentina e desapareceram ao regressar ao Brasil
Redação Diálogos do Sul
São Paulo (SP)

Tradução:

Como foram os últimos passos de seis guerrilheiros — cinco brasileiros e um argentino — que estavam na Argentina e desapareceram ao ingressar no Brasil? Esse é o fio condutor do livro Onde foi que vocês enterraram nossos mortos?, do jornalista Aluízio Palmar, que será lançado nesta sexta-feira (26), na Livraria da Alameda, em São Paulo. 

A obra é o resultado de 26 anos de investigação jornalística e da obstinação do autor em busca das circunstâncias das mortes e a localização da cova onde foram enterrados os militantes que, exilados na Argentina, foram atraídos para uma armadilha na região Oeste do Paraná.

Enriquece a narrativa saber que Aluízio Palmar não se isolou de algumas das mais arriscadas batalhas de seu tempo: a de uma geração que, cercada pela repressão da ditadura militar, optou pela guerrilha. Fez parte do MR8 e acabou sendo preso. Deixou o cárcere em deixou em 1971 como parte do acordo para a libertação do embaixador suíço, Giovanni Bucher.

Obra, fruto de 26 anos de pesquisa, traz caso de militantes políticos que estavam na Argentina e desapareceram ao regressar ao Brasil

Divulgação
Jornalista Aluízio Palmar é um dos maiores pesquisadores da ditadura brasileira

Ao longo de mais de duas décadas, o jornalista se dedicou a buscar pistas que o levasse a descobrir o paradeiro dos desaparecidos políticos. As pesquisas nos arquivos da ditadura, as memórias reveladas no decorrer de suas andanças e as contextualizações, fazem do livro uma verdadeira e didática aula de história contemporânea.

Trata-se de um relato extremamente cuidadoso — do ponto de vista literário, político e afetivo — de uma experiência rica, de alguém que viveu intensamente o seu tempo e que conheceu, como poucos, a realidade de nosso continente durante o período das ditaduras militares.

Serviço

Sobre o autor

Aluízio Ferreira Palmar nasceu em 24 de maio de 1943, em São Fidélis, Estado do Rio de Janeiro. Em sua juventude, estudou na Universidade Federal Fluminense e, devido à sua militância revolucionária, foi preso e banido do país, após ter sido trocado, juntamente com outros 69 presos políticos pelo Embaixador da Suíça no Brasil. Depois de passar oito anos entre o exílio e a clandestinidade, deu início, após a Anistia Política, à carreira jornalística que completou 42 anos.


As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul Global.

LEIA tAMBÉM

Novo presidente temporário no Haiti entenda os desafios de Fritz Alphonse Jean
Novo presidente temporário no Haiti: entenda os desafios de Fritz Alphonse Jean
Para enfrentar crime organizado no Equador, Noboa contrata mercenário dos EUA ligado a massacres
Para enfrentar crime organizado no Equador, Noboa contrata mercenário dos EUA ligado a massacres
Renúncias, fracassos, instabilidade e promessas vazias marcam os 3 anos de Boric no Chile
Renúncias, fracassos, instabilidade e promessas vazias marcam os 3 anos de Boric no Chile
27410239904_046d8a9a85_k
Novo embaixador dos EUA no México defende cooperação, mas não descarta ação militar