Sempre que presidentes brasileiros tomaram medidas em favor dos trabalhadores, houve implacável reação golpista. Essa prática se repete hoje.Sempre que presidentes brasileiros tomaram medidas em favor dos trabalhadores, houve implacável reação golpista. Na Era Vargas, criadas a CLT, a Petrobrás, a CSN, o salário mínimo, a licença maternidade e o voto feminino, a oligarquia nativa, estimulada pelo imperialismo, chegou até a pegar em armas contra o governo, como na Rebelião Paulista de 32, que Lula, corretamente, apelidou de Contrarrevolução. Foi o período de maiores avanços na industrialização, na educação, nos direitos sociais e trabalhistas com a expansão do estado, sempre enfrentando ruidosa e colonizada oposição conservadora.
Para se ter uma ideia do grau de delírio oposicionista, no mesmo dia em que Vargas assinava decreto criando a Petrobrás, o jornal "O Estado de São Paulo" , publicou editorial criando o que chamou de loucura de Vargas por criar uma empresa petroleira estatal onde sabidamente, dizia, não há petróleo. Com o Brasil transformando-se num grande país petroleiro, o jornalão da oligarquia paulista deveria pedir desculpas ao povo brasileiro, por tamanha desinformação histórica!Mas, Vargas foi além e também a comunicação e na cultura, adotando medidas estruturantes, seja quando nacionalizou a Rádio Nacional e criou a Rádio Mauá, com os sindicatos na gestão da emissora, seja ao criar o Instituto Nacional de Cinema Educativo, com os geniais Roquete Pinto Humberto Mauro no comando, e, também o Instituto Nacional de Música, com Villa-Lobos a presidi-lo. O império e as oligarquias nativas não perdoaram tanta independência e audácia de Vargas. O golpe de 54 foi trágico: Vargas preferiu a morte, mesmo tendo majoritário apoio popular e até condições para derrota-lo. Porém, descartou a resistência, inclusive armada, conforme sugerida por Tancredo Neves, um de seus ministros.O Presidente Jango, que quando Ministro do Trabalho de Vargas havia aumentado o salário mínimo em 100 por cento, repetiu o gesto, para desespero das oligarquias. Foi além: aproximou o Brasil da China e da URSS, lançou as Reformas de Base, iniciou a alfabetização em massa, com Paulo Freire. O Presidente dos EUA, Kennedy, que alguns ainda acham um democrata, organizou o golpe para depor Jango, só desferido em 1964, com os EUa já sob o comando de Lyndon Johnson. Apesar de uma popularidade de 73 por cento, o governo Jango sequer cogitou a resistência, tal como aquela heróica que Brizola, em 1961, havia organizado, a partir do Rio Grande do Sul, formando uma rede de rádios em Defesa da Legalidade e a distribuindo armas ao povo organizado e mobilizado, provando ser possível derrotar o golpismo.O Presidente Lula, quando ameaçado de impeachment, disse: “Não vou me suicidar como Vargas, não vou renunciar como Jânio e não vou sair do país como Jango. Vou convocar os trabalhadores e defender o mandato que o povo me deu pelo voto”. FHC entendeu o recado e desmobilizou a tese do impeachment. Frase atualíssima para Dilma, novo alvo de ações golpistas ou desestabilizadoras. Há ingerências externas para desestabilizar o país, há inequívoca campanha contra a Petrobras, visando paralisar produtivamente o Brasil, bem como a integração econômica latino-americana, bloqueando empresas brasileiras que agem coordenadamente com os Estados da região.Diante deste quadro complexo e grave, espanta constatar que o PT ainda não organizou sua mídia própria, e que sequer montou um jornal de massas, para o que não é necessário mexer na Constituição. Formar um jornal popular, de ampla circulação - como fez Vargas, com a Última Hora, como fizeram Chávez, Evo, Cristina e Correa - é uma necessidade inadiável, para ter capacidade de informar e organizar o povo brasileiro numa nova Campanha em Defesa da Legalidade, o que será dramaticamente imperativo no próximo período.*Original de Carta Maior
A delegação brasileira encerrou sua participação no Parapan de Santiago (Chile) com a melhor campanha da história, ao totalizar 343 medalhas (156 ouros, 98 pratas e 89 bronzes), 35 a mais que na edição passada, há quatro anos, em Lima (Peru). Líder no quadro de medalhas, o Brasil deixou para trás Estados Unidos, segundo colocado com 166 pódios, e Colômbia (em terceiro com 161). O Brasil segue hegemônico na competição, liderando a classificação geral, desde a edição do Rio de Janeiro (2007). A edição de Santiado chegou ao fim neste domingo (26).
🥁🥁🥁🥁🥁🥁
Chegou o quadro final de medalhas do Parapan #Santiago2023!
Fechamos com 343 medalhas no total: 156 🥇, 98 🥈 e 89🥉.
“O resultado foi extraordinário. Sabíamos que era um grande desafio fazer uma campanha melhor que Lima, mas nossa delegação superou todas as marcas de todos os tempos. Tivemos uma participação muito importante nos Jogos, com atletas jovens – 40% deles disputaram a competição pela primeira vez. Mais de 100 medalhas foram conquistadas por jovens. Realmente uma competição espetacular”, festejou Mizael Conrado, bicampeão paralímpico de futebol de cegos, e atual presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).
Foto: Douglas Magno/CPB A ciclista brasileira Jady Malavazzi exibe medalha de ouro em Santiago
Domingo com 11 pódios do Brasil
O ciclismo e o badminton garantiram as últimas medalhas (cinco ouros e seis pratas) do Brasil neste domingo (26). A primeira a subir ao topo do pódio foi a brasiliense Daniele Souza que venceu a peruana Jaquelin Javier, por 2 a 0, no torneio de simples do badminton da classe WH1 (cadeira de rodas), com parciais de 21/13 e 21/13.
Os primeiros🥇🥇do badminton! 🏸
Daniele Souza, WH1, e a dupla Edwarda Oliveira e Rogério Oliveira, SL3-SU5, já garantiram seus lugares no pódio. Parabéns, galera! 💛💚
Além de Daniele, outros sete atletas da modalidade asseguraram medalhas na modalidade. A sergipana Maria Gilda Antunes foi prata ao ser superada por 2 a 0 (21/4 e 21/2) pela peruana Pilar Cancino, pela classe WH2 (cadeira de rodas). Vice-campeão paralímpico nos Jogos de Tóquio, o paranaense Vitor Tavares, deixou escapar o ouro e foi prata depois de perder a final da disputa de simples da classe SH6, por 2 a 0 (21/19 e 21/15,).
O badminton brasileiro garantiu ainda dois ouros em cinco finais. O casal de noivos formado pela paranaense Edwarda Dias e o paulista Rogério Oliveira bateram os compatriota Adriane Ávila e Yuki Roberto por 2 a 0 (21/13 e 21/13) na final .duplas mistas das classes SL3 (pessoas com deficiência nos membros inferiores que andam) e SU5 (pessoas com deficiência nos membros superiores).
Continua após o banner
“É uma vitória que a gente estava trabalhando muito para conseguir devido a pontuação para a classificação para Paris. Isso nos deixa muito mais próximos do sonho, que é ter uma vaga nos Jogos de Paris 2024”, festejou Rogério, de 22 anos.
O brasiliense Marcelo Conceição também assegurou o ouro, no torneio de simples masculino, classe WH1 (cadeira de rodas), ao superar o paulista Rodolfo Cano (prata), que ficou com a prata. Conceição ganhou por 2 a 0 (21/8 e 21/5. Fechando os pódios do badminton, o paulista Júlio César Godoy ficou com a prata no torneio de simples da classe WH2 (cadeiras de rodas) após derrota para o chileno Jaime Urrutia por 2 a 0 (21/15 e 21/11).
No ciclismo, a paranaense Jady Malavazzi garantiu o ouro ao venceu a prova de ciclismo de estrada, com o tempo de um tempo de 1h32min42, deixando para trás com a prata as norte-americanas Sophia Brim (1h38min48), medalha de prata, e Jenna Rollman (1h38min49), que ficou com o bronze.
Jady malavazzi é campeã no road race, Brasilllll 🇧🇷🥇❤️
Também teve ouro da paulista Bianca Canovas Garcia na prova individual contrarrelógio dada classe B2 (limitação visual), ao lado da piloto com o que conta com o auxílio de um guia piloto Nicolle Borges. Elas cruzaram em primeiro lugar a linha de chegada em 2h06min36. A prata ficou com a argentina Maria Agustina Cruceño (2h10min49), e o bronze com outra argentina: Maria José Quiroga (2h13min06).
“Foi muito emocionante fazer essa prova, mais essa conquista, graças a Deus deu tudo certo, conseguimos o primeiro lugar. Treinamos muito para isso, a prova estava bem complicada, mas deu tudo certo no final”, afirmou Bianca Garcia.
Fechando o rol de medalhas do ciclismo, o paulista Lauro Chaman foi prata na prova de estradda ciclismo da classe C4-5 (deficiência físico-motora e amputados) como tempo empo de 1h48min58. Em primeiro lugar, com o ouro, foi do colombiano Carlos Vargas (1h48min58), e o bronze ficou com o dominicano José Rodríguez (1h52min05).
Redação Agência Brasil
As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul