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Mais uma vez EUA se isolam do mundo ao defenderem o bloqueio ilegal contra Cuba na ONU

No ano passado, o Brasil rompeu a tradição de unidade latino-americana e caribenha e votou junto com os Estados Unidos e Israel; neste ano, país não votou
Jorge Luna
Prensa Latina
Havana

Tradução:

Só Israel e outros sete países apoiaram os Estados Unidos nos últimos 27 anos na ONU contra a resolução que demanda o levantamento do bloqueio a Cuba, apoiada praticamente de forma unânime pelas nações membros. 

O debate e a votação sobre este tema sublinham uma vez mais o isolamento mundial dos Estados Unidos, segundo observadores do processo histórico. Nesta quarta-feira (23), somente Estados Unidos e Israel se posicionaram a favor do bloqueio contra a ilha caribenha.

Israel, como aliado incondicional de Washington, votou contra o fim do repudiado bloqueio em todas as ocasiões desde 1992, salvo em 2016, sob a administração de Barack Obama, em que ambos os países se abstiveram. Foi aprovada por 191 votos a favor e nenhum contra.

No ano passado, o Brasil rompeu a tradição de unidade latino-americana e caribenha e votou junto com os Estados Unidos e Israel; neste ano, país não votou

Vanessa Martina Silva
Cartaz em Havana, Cuba, contra o bloqueio econômico e financeiro imposto a Cuba

Histórico das votações

Na primeira votação (1992), os Estados Unidos somaram ademais a Romênia e em 1993 somente a Albânia e o Paraguai. Em três ocasiões, nos anos 1990, também o Uzbequistão. 

As diminutas Islas Marshall (população: 58 mil habitantes) apoiaram em nove ocasiões aos Estados Unidos, a última vez em 2007. As igualmente diminutas ilhas de Palau (18 mil habitantes) o fizeram em sete oportunidades, a última em 2012. 

Mudança da posição brasileira

No ano passado, o Brasil rompeu a tradição de unidade latino-americana e caribenha e votou junto com os Estados Unidos e Israel. Neste ano, o país não votou.

Fora de estes casos isolados, e algumas abstenções, o rechaço a essa injusta política, expressado em seu apoio à resolução apresentada por Cuba, tem sido literalmente mundial. 

O ministro cubano de Relações Exteriores, Bruno Rodríguez, denunciou na ONU o recrudescimento — especialmente durante a pandemia de Covid-19 — do bloqueio, que ao longo de seis décadas tem afetado seu país e o catalogou como um vírus. 

A anterior administração estadunidense de Donald Trump somou a esse cerco 243 medidas coercitivas unilaterais, que o atual governo de Joe Biden mantém vigentes.

Jorge Luna, da equipe de Prensa Latina

Prensa Latina, especial para Diálogos do Sul — Direitos reservados.

Tradução: Beatriz Cannabrava


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

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