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Maria Prestes, viúva do líder comunista Luiz Carlos Prestes, morre de covid-19, aos 92 anos

Ativista desde os 13 anos, Maria conheceu o marido em 1952 quando exercia sua segurança a pedido do PCB
Redação Opera Mundi
Opera Mundi
São Paulo (SP)

Tradução:

Atualizado em 07/02/2022 às 13:32

A militante comunista e viúva do líder revolucionário Luiz Carlos Prestes, Maria Prestes, morreu nesta sexta-feira (04/02), aos 92 anos, no Rio de Janeiro, vítima da covid-19. Ela estava internada por conta da doença desde o mês anterior.

Pernambucana, filha de camponeses e ativista desde os 13 anos de idade ao lado de seu pai, o dirigente do Partido Comunista Brasileiro (PCB) João Rodrigues Sobral, Maria chega a mudar de nome ao longo de sua vida, de Altamira Rodrigues Sobral para Maria do Carmo Ribeiro, para se proteger da perseguição política.

Em 1952, aos 20 anos de idade, é designada pelo PCB para fazer a segurança de Prestes em São Paulo. Depois de algum tempo, na clandestinidade, eles se casam e têm sete filhos juntos.

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Após o golpe de 1964, Prestes, então dirigente do partido, se exila com Maria do Carmo e os filhos na então União Soviética, onde vivem por dez anos. 

Ativista desde os 13 anos, Maria conheceu o marido em 1952 quando exercia sua segurança a pedido do PCB

PCB
Para se proteger de perseguição política, a militante mudou de nome: de Altamira Rodrigues Sobral para Maria do Carmo Ribeiro

O casal convive por cerca de quatro décadas, até a morte do marido, em 7 de março de 1990. Depois disso, a ativista segue na militância e se dedica a disseminar o legado de seu companheiro. Em 2012, publica o livro Meu Companheiro: 40 Anos ao Lado de Luiz Carlos Prestes. 

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“Partiu uma grande brasileira. Dona Maria Prestes, que também foi Maria do Carmo ou Altamira ou todos os nomes que precisasse usar para seguir lutando por liberdade, democracia e justiça social. Uma comunista orgulhosa de sua luta e a mais maravilhosa avó que alguém poderia ter”, escreveu a cientista política Ana Prestes, neta de Maria Prestes.

Em 2020, Ana e outros dois netos lançam o livro infantil Minha Valente Avó, em homenagem à ativista. 

(*) Com Revista Fórum.


As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

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