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Añez libera milho transgênico na Bolívia; Evo denuncia riscos ecológico e para a saúde

Decreto reforça liberação do uso de sementes geneticamente modificadas para diversas culturas, como milho, trigo, soja, cana-de-açúcar e algodão
Redação Prensa Latina
Prensa Latina
Buenos Aires

Tradução:

O ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, alertou sobre os perigos ecológicos e para a saúde que os transgênicos representam para a Bolívia em decorrência de um novo decreto da presidente de fato Jeanine Áñez.

Añez assinou há três dias o Decreto Supremo 4.348, que estabelece o uso de sementes transgênicas de milho em áreas a serem identificadas e a coexistência em algumas áreas com sementes nativas.

Essas disposições foram descritas no Twitter por Morales como “um ataque à vida e à Pachamama (mãe terra)”.

Decreto reforça liberação do uso de sementes geneticamente modificadas para diversas culturas, como milho, trigo, soja, cana-de-açúcar e algodão

Campanha Permanente contra os Agrotóxicos
O glifosato, um agroquímico usado em 85% das safras transgênicas, é altamente prejudicial à saúde humana

O Decreto 4.348 reforça as disposições do 4.232, que assinado em 7 de maio deu luz verde ao uso de sementes geneticamente modificadas para diversas culturas, entre elas aquelas consideradas a matriz nutricional dos bolivianos: milho, trigo, soja, cana-de-açúcar e algodão.

Desde então, mais de uma centena de instituições e organizações produtivas manifestaram seu repúdio à norma, considerando que, além de violar a Constituição e os acordos internacionais, viola a saúde dos bolivianos e a diversidade biológica do país.

Por exemplo, o glifosato, um agroquímico usado em 85% das safras transgênicas, é altamente prejudicial à saúde humana, de acordo com estudos científicos e médicos endossados pela Organização Mundial de Saúde.

Por outro lado, a Carta Magna do país sul-americano estabelece que é obrigação do Estado “garantir a segurança alimentar por meio de alimentos saudáveis, adequados e suficientes para toda a população”.

Até a assinatura dos decretos mencionados, a Bolívia só autorizava a produção da soja RR1 devido à sua resistência ao glifosato.

Redação Prensa Latina

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As opiniões expressas nesse artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul

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