Milhares de pessoas marcharam na capital francesa contra a reforma da aposentadoria promovida pelo governo francês, convocadas pela Confederação Geral do Trabalho (CGT).
Trabalhadores de diversos setores se concentraram na Praça da República antes de percorrer várias ruas da cidade com grandes globos, cartazes e bandeiras em repúdio à iniciativa que busca substituir os 42 regimes de pensões existentes por um sistema de pontos.
O projeto, além disso, fixa a idade de 64 anos para poder desfrutar de todos os benefícios, mesmo sem mudar a aposentadoria aos 62.
Trata-se de uma reforma feita para economizar dinheiro, denunciou em declarações à imprensa o secretário geral, Philippe Martinez, que encabeçou a mobilização.
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Protestos contra proposta de Macron tomaram as ruas de Paris
O protesto organizado pela CGT, uma das duas principais agremiações sindicais, foi cenário de críticas ao presidente Emmanuel Macron, através de cantos e consignas.
Marselha, Lyon, Nantes e outras cidades francesas também acolheram manifestações contra a reforma prometida pelo mandatário durante sua campanha eleitoral.
Além da marcha, a jornada também incluiu uma greve da Sociedade Nacional de Estradas de Ferro Francesas (SNCF), que afetou o serviço entre regiões e cidades, e em menor medida o internacional.
Ante o repulsa que a reforma gera em amplos setores, o governo propôs uma consulta liderada pelo primeiro ministro, Edouard Philippe, com sindicatos, patrões e a população em geral, sem que isso tenha acalmado até agora os ânimos e os chamados a protestar.
Nas últimas duas semanas, importantes manifestações ratificaram a oposição ao projeto: a paralisação do transporte público em Paris em 13 de setembro, a concentração inusual de advogados, pilotos e pessoal da saúde dois dias depois e a manifestação realizada no sábado pela Força Operária, considerada o terceiro agrupamento sindical mais poderoso da França.
*Tradução: Beatriz Cannabrava
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