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ToggleA sedição encarregada pelos Estados Unidos para derrubar o governo popular de Evo Morales entrou em sua fase decisiva e violenta, advertiu o Movimento Guevarista da Bolívia.
“Por trás das marchas pacíficas”, primeiro; as paralisações e bloqueios em diferentes cidade do país, depois; os grupos de choque atemorizam a maioria da população”, descreveu um comunicado da organização política.
Desta maneira, agregou, conjuntamente os meios de comunicação de massa criaram uma falsa realidade, de levantamento e repúdio generalizado ao governo popular, e o passo seguinte – que estará mediado por campanhas de desprestígios e acusações falsas – será promover maior violência para mostrar ingovernabilidade e ilegitimidade.
Agência Boliviana de Informação | R. Martínez Candia
Apresentarão, por exemplo, “revelações” de supostos delitos cometidos por altos funcionários, com a finalidade de mostrar o atual governo boliviano como um perigo para a segurança continental. E propor um governo de transição com seu respectivo “presidente encarregado”.
O movimento que defende os princípios do comandante Ernesto Che Guevara, disse que é mesmo roteiro aplicado na Venezuela e que o plano tem o apoio dos setores mais reacionários da região.
De acordo com o texto, parte desse plano é o suspeito “acidente” com o helicóptero que transportava o presidente Evo Morales. “A eliminação física de nosso líder sempre foi parte dos anseios da direita reacionária, hoje reagrupada em torno do fascista Luis Fernando Camacho”.
Este opositor que faz parte do chamado Comitê Cívico Pró Santa Cruz, no sábado diante de sus seguidores deu um prazo de 48 horas para a renúncia do mandatário boliviano e assegurou que radicalizaria os protestos.
O Movimento Guevarista da Bolívia, conclui o documento firmado pelos ativistas Nila Heredia, Fernando Rodríguez, Freddy Auza, María Isabel Caero e Fernando Valdivia, “exige uma exaustiva investigação para identificar os culpados por comissão e por omissão, deste fato criminoso”.
Legisladora critica novas ameaças de líder cívico na Bolívia
O dirigente do Comitê Cívico Pró Santa Cruz, Fernando Camacho, pretende danificar a economia da Bolívia com a tomada das instituições e o fechamento de fronteiras, denunciou a presidenta do Senado, Adriana Salvatierra.
“Como seu pedido de renúncia ao presidente Evo Morales ficou em ridículo, desta vez lançou uma série de ameaças para prejudicar o país e a economia como a ocupação de instituições e o fechamento das fronteiras”.
“Ele vendeu a Santa Cruz a ideia de que seria fácil tirar pela força o presidente Evo Morales e agora tem que recorrer a medidas ainda mais extremas, que também serão inaplicáveis”.
Segundo a titular do Senado está claro que Camacho impulsiona uma aventura golpista, que não tem um respaldo da oposição democrática.
Indicou que pouco a pouco este opositor se isola em sua violência e em seu radicalismo, e que tanto a Igreja Católica como diversos analistas entendem que a Bolívia necessita sair desta crise mediante um diálogo, com saídas institucionais, longe do golpismo.
Salvatierra recordou que a comunidade internacional não apoia as marchas violentas da oposição e a escalada golpista proposta por Camacho e outro comitês cívicos.
Segue o trabalho técnico de auditoria da OEA aos resultados da eleição
O chanceler da Bolívia, ressaltou hoje que o trabalho da auditoria é altamente técnico, é um processo de verificação de todos os detalhes das eleições de 20 de outubro.
A comprovação realizada por vários especialistas e técnicos da Organização de Estados Americanos (OEA) permitirá definir a denúncia feita por Carlos Mesa de uma “fraude gigantesca”, a qual ainda não foi provada.
“Gerou-se um falso imaginário por parte do candidato perdedor (Mesa de que houve fraude, mas estamos seguros da transparência deste processo e a auditoria que se realiza agora vai verificá-la”, afirmou Pary.
“Nós sempre fomos críticos de algumas decisões da OEA, mas isso não significa que desacreditemos seu trabalho, como está fazendo a oposição”.
Aos especialistas da OEA se somam delegados da Espanha, México e Paraguai. Alguns já estão no país e outros chegarão proximamente.
As equipes de especialistas podem se reunir todas as vezes que seja necessário, podem apresentar as provas pertinentes, mas sem chegar à violência, apontou o chanceler. E reiterou que o resultado da auditoria será vinculante para as duas partes.
Os grupos opositores inicialmente reclamavam uma revisão da contagem de votos, depois passaram a demandar uma auditoria internacional, e agora que já estão no país os técnicos de vários países para levar a cabo essa investigação, reclamam a anulação das eleições.
Pary criticou as ações violentas dos grupos que agitam a consigna da defesa da democracia contra a presumida fraude eleitoral e que tratam de apoderar-se das instituições públicas pela força.
*Com informações de Prensa Latina