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ToggleEmbora tenha iniciado seu mandato de quatro anos na terça-feira (03), o novo presidente do Irã, Ebrahum Raisi, tomou posse oficialmente nesta quinta-feira (05), perante o Parlamento. Ele venceu as eleições em junho com 62% dos votos.
No discurso de posse, Raisi se apresentou como o líder do combate à corrupção e defensor das classes populares.
Ele prometeu apoiar qualquer “plano diplomático” para retirar as sanções “opressivas” dos Estados Unidos.
Raisi ressaltou ainda que “nem as sanções, nem a pressão”, impedirão o Irã de defender seus “direitos legais”.
O país enfrenta uma profunda crise econômica e social desde que o ex-presidente americano Donald Trump retirou unilateralmente o país do acordo nuclear em 2018 e voltou a impor sanções que preveem o bloqueio das contas internacionais do Irã, o que dificulta a importação de equipamentos para prevenção e tratamento da Covid-19.
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“Certamente buscaremos o cancelamento das sanções opressivas, mas não condicionaremos o sustento do povo e da economia [às sanções] e não as amarraremos à vontade dos estrangeiros”, disse Raisi, ao lado do aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do país.
Na pirâmide política do Irã, o presidente ocupa o segundo cargo mais importante do país, ficando abaixo do líder supremo. Ou seja, o mandatário terá influência significativa sobre a política interna e assuntos externos, porém é o aiatolá Khamenei quem detém a palavra final em todas as questões do Estado.
Tasnim Agency News
O novo presidente do Irã, Ebrahum Raisi, tomou posse oficialmente nesta quinta-feira (05).
Líder do Judiciário no Irã
Nascido em novembro de 1960 na cidade de Mashad, Raisi, que usa um turbante preto, o que, na tradição xiita, o identifica como um descendente de Maomé. Ele seguiu os passos de seu pai e começou a frequentar um seminário xiita na cidade sagrada de Qom aos 15 anos.
Aos 20 anos, após a vitória da Revolução Islâmica de 1979, foi nomeado procurador-geral de Karaj, cidade da província de Alborz e do condado de Caraje, distrito Central.
Clérigo de 60 anos, o atual presidente foi promotor durante a maior parte de sua carreira. Em 2019, dois anos após perder a última eleição presidencial para Hassan Rouhan, foi nomeado chefe do Judiciário.
Além disso, é membro da direção da Assembleia de Especialistas, encarregada de nomear o guia supremo.
“Vou me dedicar a servir ao meu povo, honrar o país, propagar a religião e a moralidade e apoiar a verdade e a justiça”, jurou Raisi, que pode se tornar o próximo líder supremo do Irã após a morte de Khamenei. Hoje ele é um “hoyatoleslam” (cargo inferior ao de aiatolá no clero xiita).
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